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QUESTÕES

 

 

 

Em nosso estudo A IGREJA E O ARREBATAMENTO, abordamos de forma resumida a origem da crença pré-tribulacionista, assim como respondemos a alguns dos principais argumentos utilizados por esse método de interpretação das profecias.

Neste novo tópico, buscamos responder de forma específica a esses argumentos e outros que vão surgindo, provenientes das mais variadas correntes de interpretação.

Consequentemente, este tópico será constantemente atualizado, com novas questões. A maioria desses questionamentos são oriundos de textos na internet, porém também incluiremos argumentos encontrados em livros, pregações, e-mails recebidos e conversas.

Gostaríamos de não identificar-nos como "pós-tribulacionistas". Apenas esperamos a volta de Cristo da mesma forma que nossos irmãos primitivos a esperavam.

No entanto, devido às mais variadas correntes interpretativas surgidas nos últimos séculos, somos forçados a utilizar esse termo para expressar que cremos no arrebatamento como um evento que ocorrerá durante a gloriosa volta do Salvador, logo após a grande tribulação.

Mais uma vez, alertamos que nosso propósito aqui não é fazer uma competição para ver quem está com a razão. Nosso intuito é fazer com que cada leitor estude, reflita e chegue ao pleno conhecimento da Verdade.

Só o Espírito Santo pode conduzir-nos a toda Verdade, a Verdade que vai além do convencimento intelectual e penetra a alma e o espírito. Aqui você encontrará um farto material, o qual será constantemente atualizado. Os questionamentos estarão na cor azul e nossas respostas na cor preta:

 


 

QUESTIONAMENTO: Os pós-tribulacionistas afirmam que o pré-tribulacionismo é uma doutrina nova e que não há o registro desse ensino anterior ao século XVIII. Porém, no texto de Efraim, o sírio, datado do século IV, há um claro ensino pré-tribulacionista.

Com relação à questão levantada, do escrito atribuído a Efraim, o sírio, o qual teria conotações pré-tribulacionistas, convém destacar os seguintes pontos:

1. A data atribuída a esse escrito é o século IV, ou seja, posterior a vários escritos primitivos, como o Didaquê, Justino, Irineu, etc, que apontam para a crença no arrebatamento no momento da gloriosa vinda do Senhor e não antes.

Então, levando em consideração a possibilidade de que o texto esteja se referindo a isso, o que é altamente improvável, como veremos a seguir, mesmo assim seria uma informação posterior a importantes escritos anteriores.

2. O próprio escritor norte-americano Tim la Haye, um dos principais divulgadores do texto Efraim, reconhece que esse sermão pode ser de autoria de "um certo Pseudo-Efraim" que o teria escrito "talvez entre os anos 565 e 627", segundo ele próprio escreveu, contrariando outros, que apontam para o século IV [LaHaye e Jenkins, Are We Living in the End Times?, p. 114].

Ou seja, não há certezas de quem escreveu o texto citado, nem quando ele foi escrito...Sem importar quem de fato o escreveu e quando, podemos dizer com certeza absoluta que nenhuma tradição ou ensinamento de arrebatamento pré-tribulacionista se originou nele ou se desenvolveu a partir dele.

Ainda mais importante, como sabem os historiadores e os teólogos sérios, uma simples pesquisa nos escritos de Efraim revela que ele era pós-tribulacionista, e não pré-tribulacionista.

Não somente isto, mas o próprio sermão apresentado pelos dispensacionalistas como "evidência" de suas ideias, utiliza claramente a tradição do arrebatamento pós-tribulacionista do verdadeiro Efraim.

Então, mesmo aceitando a difícil ideia de que o texto tenha sido escrito no século IV e que realmente tenha sido escrito por Efraim, é impossível que ele estivesse falando de um arrebatamento secreto antes da tribulação, pois nesse mesmo sermão, o autor enfatiza que os cristãos deverão passar pela grande tribulação. De fato, o sermão menciona a necessidade de uma regeneração antes da tribulação e não de um arrebatamento antes dela.

 


 

QUESTIONAMENTO: Na Bíblia está revelado em Mateus 24:44 que "À hora em que não cuidais, o Filho do homem virá". Então, Jesus virá numa hora em que nós não estaremos esperando. Seremos surpreendidos com a sua vinda.

Isso é confirmado em Marcos 13:36: "Para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo". Com base nisto, o arrebatamento deve ocorrer num momento diferente da volta gloriosa, pois esta última será precedida por sinais e não será inesperada ou surpreendente.

O argumento pré-tribulacionista acima afirma que Jesus virá numa hora em que nós não estaremos esperando e que seremos surpreendidos pela Sua vinda. Paulo escreve que a volta do Senhor deve ser nossa bem-aventurada esperança e que devemos aguardá-la (Tito 2:13).

Paulo afirma que a vinda de Cristo não nos surpreenderá (I Tessalonicenses 5:4). É notório que há um choque entre este raciocínio pré-tribulacionista e o que Paulo ensina.

Então, essa simples constatação já mostra que a interpretação que o modelo pré-tribulacionista dá a essas passagens não condiz com o restante das Escrituras.

A revelação deve ser entendida como um todo. A Palavra não se contradiz. Vamos tentar abordar a passagem em questão (Mateus 24:44)

1. Em Mateus 24:44, Jesus não está ensinando que virá numa hora que não estaremos esperando ou que Sua vinda nos pegará de surpresa... Ele está dizendo que Sua volta ocorrerá independente de nossas estimativas, cálculos ou projeções.

Sua vinda ocorrerá numa hora em que não pensamos, que não cogitamos, que não depende de nossas projeções, mas dos sinais que ocorrerão. Por isso é necessário que estejamos vigilantes.

Estar vigilante, não é viver num temor constante de ser surpreendido por um rapto secreto e ser "deixado para trás", mas estar vigilante aos sinais profetizados por Ele mesmo para mostrar-nos como ocorrerão as coisas!

É importante notar que quem será surpreendido diante da vinda do Senhor será aquele que não está vigilante (atento aos sinais e acontecimentos). É isso que a Bíblia revela e isso se opõe frontalmente ao argumento pré-tribulacionista que estamos respondendo.

Se uma pessoa estiver vigilante, em santificação e atenta aos sinais, não será surpreendida, pois estará esperando a vinda de Cristo tal qual Ele profetizou (Mateus 24:30-31). É só ler o contexto da passagem em questão... É uma pena que se use versículos soltos e se omita o contexto:

"...Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe..." (Mateus 24:48-50)

Na explicação dada pelo Senhor acima, que faz parte do contexto de Mateus 24:44, quem começar a viver de uma forma displicente, sem santificação e desatento aos sinais, será surpreendido pela vinda do Ungido, posto que não estará esperando essa vinda...

Agora vejamos o que Paulo ensina a respeito dos servos fiéis (Igreja):

"Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite... Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios" (I Tessalonicenses 5:1-6)

Então, fica claríssimo que a vinda do Senhor será como um ladrão (inesperada e surpreendente) para quem não estiver vigiando, para quem estiver em trevas... Para quem estiver vigiando, ela não será como um ladrão!

Outros textos mostram isso também (Apocalipse 3:3, Lucas 21:34 e a própria passagem citada no argumento pré: Marcos 13:36). Não há nenhuma revelação bíblica que aponte para a chegada de Cristo de forma inesperada e surpreendente para quem estiver vigiando, em santidade e comunhão como Eterno.

Logo, a interpretação pré-tribulacionista de Mateus 24:44 deve ser revista, pois está ensinando o contrário do que o contexto da passagem ensina e o contrário do que Paulo ensina aos tessalonicenses.

2. O grande problema é que, desde o século XIX, muitos separam no tempo o arrebatamento da vinda gloriosa... Essa separação de 7 anos ou 3 anos e meio jamais foi ensinada pelos apóstolos nem pelos irmãos primitivos...

Uma leitura do contexto da passagem de Mateus 24:44 feita sem preconceitos, descobrirá que Jesus está referindo-se a Sua gloriosa vinda, logo após a grande tribulação... É a única vinda revelada por Ele... Não está falando ali de um rapto secreto e iminente... Isso não está revelado.

Basta ler o contexto, a partir do versículo 29 e refletir sobre o que aqueles que estavam ouvindo Jesus estavam entendendo, de acordo com a linha narrativa Dele. Essa simples constatação já seria suficiente para mostrar que Mateus 24:44 não se refere a um rapto secreto 7 anos antes da vinda do Senhor.

3. O chamado para a vigilância com relação à volta do Mestre como um ladrão se mantém até o fim, no momento em que os exércitos são chamados para reunirem-se no Armagedom (Apocalipse 16:15). Para a grande maioria da população, a gloriosa vinda do Senhor será como a chegada de um ladrão (inesperada e surpreendente).

Isso é mostrado em Mateus 24:30 e Apocalipse 6:12-17. No entanto, como nos ensina Paulo, para os que estão na luz, não. Estes não serão surpreendidos pela vinda de Cristo, pois estarão atentos aos sinais e esperando ardentemente o Seu Senhor (I Tessalonicenses 5:4).

Por incrível que pareça e por mais difícil que seja acreditar, a gloriosa vinda do Senhor Jesus, logo após a grande tribulação e após o cumprimento de todos os sinais, vai surpreender a maioria da população mundial! Isso parece loucura e algo ilógico, mas é o que está revelado. Jesus mostra isso em Mateus 24:30.

As nações vão se lamentar. Haverá horror das pessoas diante da chegada do Dia do Senhor (Apocalipse 6:12-17). As mesmas pessoas que, durante a tribulação, vão blasfemar de Deus e dar ouvidos à besta (Apocalipse 13:4, Apocalipse 9:20-21, Apocalipse 16:9), vão perceber sua ruína e se lamentarão diante da gloriosa e majestosa vinda do Messias. Para esses, sim, a vinda será como um ladrão...

A Palavra do Altíssimo não se contradiz. O profeta Isaías, contrapõe a altivez, idolatria generalizada e arrogância do período tribulacional com a transformação que ocorrerá no Dia do Senhor (o dia da gloriosa vinda logo após a grande tribulação):

"...E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia. E todos os ídolos desaparecerão totalmente" (Isaías 2:17-18).

Isaías não está falando da grande tribulação, mas do Dia do Senhor. É só ler o contexto de Isaías 2. Só o Senhor será adorado neste glorioso dia e todos os ídolos desaparecerão. Algo totalmente diferente da grande tribulação, onde a adoração maligna e a idolatria alcançarão seu clímax na besta e na sua imagem...

Diante da gloriosa volta de Jesus, a maioria dos homens, que terão adorado a besta e dado crédito a suas mentiras, mostrando altivez e presunção diante das verdades divinas, será surpreendida quando ocorrer a gloriosa manifestação de Cristo. Para estes, a vinda do Senhor será inesperada e surpreendente, como a chegada de um ladrão!

O sistema pré-tribulacionista criou um rapto secreto e uma primeira fase da vinda do Senhor para encaixar esse caráter de "surpresa" e de um ato "inesperado", porém essa criação é humana.

A Palavra revela o contrário. A Igreja não será surpreendida. Os ímpios sim serão surpreendidos diante da gloriosa vinda do Senhor, logo depois da grande tribulação, ao perceberem o gigantesco engano que cometeram ao adorar a besta e receber o seu sinal.

É a essa vinda que o Mestre se refere em Mateus 24:44. Quem não estiver alicerçado na Palavra e atento aos sinais, dando ouvidos a doutrinas discordantes com a revelação bíblica, corre o risco de ser enganado também...

 


 

QUESTIONAMENTO: Em muitas igrejas, há décadas, irmãos têm sido usados em profecia a respeito do arrebatamento, alertando a Igreja a uma preparação face a esse encontro com o Senhor, instando os irmãos a andarem em santidade diante da chegada iminente do arrebatamento.

Nessas revelações, nada é mostrado a respeito de uma preparação específica para um período de grande tribulação, como ocorreu, por exemplo, com a revelação de Ágabo a respeito da fome em Jerusalém. Isso, mostra que o arrebatamento ocorrerá antes da tribulação, pois o Senhor não deixaria Sua Igreja à mercê desse período de trevas sem avisá-la antes.

O argumento acima nos foi apresentado por um irmão em Cristo, ao ser confrontado com ele numa comunidade na qual participa.

O argumento em questão se baseia em profecias e revelações que, ao serem recebidas, indicam um chamado para a santificação diante da chegada do arrebatamento e não falam de nenhuma tribulação antecedendo esse encontro maravilhoso entre Cristo e Sua Igreja.

Logo, deduz o raciocínio, o arrebatamento ocorrerá antes da tribulação. Vamos tentar responder:

1] Nossa premissa principal é que toda profecia e/ou revelação deve estar sujeita à Palavra revelada e deve ser compreendida à luz dessa Palavra.

Nas Escrituras, o chamado para vigiar está relacionado à vinda do Mestre. A única vinda revelada na Palavra. O último chamado para a vigilância se dá pouco antes dessa vinda gloriosa, nos momentos próximos ao Armagedom:

E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo Poderoso.

Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom" (Apocalipse 16:13-16)

É interessante notar que, se alguma revelação ou profecia recebida numa igreja colocasse, por exemplo, o arrebatamento da Igreja entre o primeiro e o segundo selo do Apocalipse ou até mesmo antes da abertura dos selos, seria alardeada como uma grande verdade, uma prova final de que o modelo pré-tribulacionista está certo...

A depender do "profeta", sairia em jornais, TV, rádio e internet... No entanto, diante da clara revelação bíblica acima, inserindo o chamado à vigilância entre a saída do convite da besta para a reunião dos exércitos no Armagedom e a reunião em si, é vista como uma "interpolação simbólica" ou uma "figura de linguagem" pelo modelo pré-tribulacionista....

Nada na Palavra existe por acaso. Se o chamado para a vigilância e para a santidade está inserido nos momentos finais da grande tribulação, então as revelações e profecias pessoais recebidas em igrejas a respeito da santidade face a nosso encontro com o Senhor devem ser entendidas e interpretadas sob esse prisma maior da Palavra!

2] Estar vigilante diante da chegada do arrebatamento, vivendo santificação contínua, em nada nega que antes desse evento passemos por uma aflição máxima. Pelo contrário!

Qual é o significado de vigiar? Não é permanecer atento aos sinais, com uma visão apurada, diante de um perigo ou ameaça iminente? Não é manter nossas lâmpadas acesas diante de uma escuridão sem precedentes?

Não é manter nossas vestes limpas diante do clímax da apostasia? Não é ficar alicerçado na Palavra diante do maior de todos os enganos que já houve? Não é permanecer acordado (vigília) em meio à noite?

O chamado para vigiar faz muito mais sentido no contexto apontado acima, do que entender que vigiar é viver em contínua apreensão diante da possibilidade do Messias chegar como um ladrão e a pessoa ser deixada para trás...

3] A promessa do Pai para a Igreja não é preservá-la fisicamente durante a tribulação. Isso não está revelado. Pelo contrário. Tanto o Senhor Jesus quanto os apóstolos são claros ao mostrar que tortura, perseguição, aflições, suplício e morte fazem parte da vida da Igreja.

A relativa paz e liberdade que vivemos no ocidente nas últimas décadas não deve ser tomada com uma regra. É uma exceção diante do que é revelado como realidade da Igreja neste mundo de trevas.

No Novo Testamento, vemos um ensino contínuo sobre a honra de sofrer e morrer por causa do testemunho de Cristo e do Evangelho. Morrer com alegria e esperança. Por que tanto receio enquanto a isso?

Nossa esperança não é preservar o corpo físico nem evitar que ele sofra qualquer dano. Nossa esperança é eterna. Logo, seria descabido esperar que houvesse uma profecia ou revelação que se opusesse a esse princípio claramente revelado na Palavra!

4] O Criador protegerá durante a grande tribulação quem Ele desejar proteger. Ele preservará fisicamente quem Ele quiser preservar. Isso está revelado (Apocalipse 3:10). Somente quem for protegido pelo Senhor chegará vivo ao momento de Sua gloriosa vinda.

Nenhuma medida humana fará possível essa proteção e preservação. Ela será sobrenatural. É Deus quem guardará, não nós. Logo, é incongruente usar o argumento da inexistência de avisos divinos, na forma de profecias e revelações nas igrejas, dizendo "faça isso" ou "faça aquilo", posto que, quem fará é Ele.

Não se trata de um evento específico num local específico, como o ocorrido nos dias de Ágabo, onde instruções foram dadas face a fome que se aproximava. Se trata do governo da besta segunda toda a eficácia de satanás, junto com um período de profundos e desastrosos desequilíbrios naturais.

É uma insensatez pensar que, através de nossos próprios meios, como armazenagem de alimentos, abrigos, ou seja lá o que for, vamos sobreviver à tribulação. Não! Ter essas estruturas agora é apenas colocar em prática a inteligência que o Senhor nos dá face aos acontecimentos que já estão ocorrendo.

Para isso, não precisa de revelação, pois os próprios fatos já estão nos alertando (que o digam os habitantes do Sudeste Asiático, Atlanta, Japão, Haiti, Chile, Austrália, Petrópolis, etc, etc). É uma questão de escolha pessoal. Não é uma regra. Cada qual terá que conviver com as consequências de seus próprios atos.

Reflita conosco. Se, diante do aumento da incidência de raios UVA OU UVB, devido às desordens atmosféricas e a instabilidade solar (parte do gemido da natureza), é altamente recomendável usar protetor solar para evitar um câncer de pele, ou se qualquer um de nós compraria um arsenal de velas se o governo divulgasse amanhã que grandes descargas magnéticas do sol colocarão todo o sistema elétrico mundial em xeque, porque não seria recomendável ter um pequeno estoque de itens indispensáveis, diante dos momentos difíceis que se aproximam e dos quais já podemos experimentar o começo?

Assim como não podemos esperar uma revelação no meio da Igreja para que os irmãos usem protetor solar, pois trata-se de uma questão de inteligência e bom senso, não devemos usar como argumento a inexistência de profecias que instem a uma preparação para enfrentar a grande tribulação através de meios humanos, pois apenas quem estiver sobrenaturalmente protegido pelo Criador, será preservado até o fim.

5] Ao mesmo tempo, sabemos que profecias e revelações trazem à tona coisas ocultas. Ninguém pode levantar-se numa reunião entre irmãos e dizer: "Irmãos, tenho uma profecia: Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida...".

Isso já está revelado! Pode ser ensinado, lembrado, vivido, aprendido, mas não revelado. O mesmo se aplica à preservação de parte da Igreja durante a tribulação. Já está revelado.

Logo, não há necessidade de uma revelação dizendo isso de forma geral, a não ser que o Altíssimo tenha ordens e instruções específicas dentro dessa preservação.

6] Ao mesmo tempo em que se recebem profecias e revelações a repeito da santificação face nosso encontro nos ares com o Salvador, o que, como falamos, não nega que esse encontro se dará após o período de grande aflição para a Igreja, há sim várias revelações, recebidas por irmãos de todo o mundo, que indicam uma grande aflição, perseguição, tortura e morte para membros da Igreja.

Há profecias e revelações que apontam para a presença dos santos durante a tribulação. Cremos que a mesma importância que se dá a uns, deve ser dada a outros, passando todos pelo crivo da Palavra e provando os espíritos. Não podemos fazer acepção de pessoas.

O grande problema é que a pessoa tende a desconsiderar as revelações que não fazem parte do esquema que lhe foi ensinado... Tenho sido testemunha de vários sonhos e revelações recebidas por irmãos, os quais indicam que enfrentaremos um período de intensa e brutal oposição. Irmãos de bom testemunho e vida com o Eterno Pai.

São esses irmãos menos santos que os que profetizam santidade face nosso encontro com Cristo? Não! Pelo contrário, cremos que um grupo complementa o outro... É óbvio que, em meio à profusão de "revelações" e "profecias", há um grande número de manifestações que não passam de pura sugestão psicológica.

E mais, arriscamos dizer que apenas uma minoria dessas manifestações vêm genuinamente do Espírito Santo.

No entanto, dizemos, sem medo de errar, diante da profusão de filmes, livros, megaproduções e incessantes ensinos promovidos nas grandes denominações, muitas delas ensinando seus membros a estarem cada vez mais inseridos na sociedade e a não pensarem que a mesma sociedade poderá persegui-los no futuro, que há mais chance de alguém ser influenciado psicologicamente, por exemplo, por um filme "Deixados para Trás" ou pela pregação de renomados preletores, do que ser sugestionada por um material pós-tribulacionista, materiais estes que, via de regra, estão muito longe da grande "mídia gospel".

 


 

QUESTIONAMENTO: O arrebatamento é uma coisa, a vinda do Senhor é outra. Não podem ser confundidos.

Esta é mais uma faceta do argumento central pré-tribulacionista ou midi-tribulacionista que tenta afastar no tempo o arrebatamento da Igreja da vinda de Cristo. É óbvio que "arrebatamento" e "vinda" são conceitos diferentes. Mas a pergunta é: Estão eles separados por 7 anos apenas por serem conceitos diferentes? Para responder a essa pergunta não são necessárias muitas palavras. Vamos às Escrituras:

“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.

Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda (I Coríntios 15:20-23)

Paulo ensina que nossa glorificação corpórea, ou seja, a ressurreição dos mortos em Cristo e a transformação dos que estiverem vivos, ocorrerá na vinda de Cristo Jesus (parousia).

Então, fica claro que a glorificação da Igreja, que até mesmo o pré-tribulacionismo afirma que ocorrerá no momento do arrebatamento, ocorrerá na vinda do Senhor, deixando claro que são eventos intimamente relacionados entre si.

Nesse ponto, alguns sustentam que Paulo não está falando da vinda do Senhor (!), mas apenas da "primeira fase" dessa vinda... Se o Pai o permitir, responderemos a esse argumento nos próximos dias.

Tanto a glorificação quanto o arrebatamento estão inseridos num evento maior, que é avinda gloriosa do Senhor, a qual provocará uma série de consequências, como as já mencionadas. O próprio Senhor atrela o momento de Sua majestosa vinda ao momento do ajuntamento nos céus dos escolhidos.

"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30-31)

Então, não há nenhuma base escriturística para separar no tempo a vinda de Cristo do arrebatamento. O arrebatamento faz parte da vinda. A única vinda mencionada por Paulo e a única vinda ensinada por Jesus.

 


 

QUESTIONAMENTO: O Dia do Senhor será um período de destruição (Amós 5:18-20). Logo, não deveríamos esperar o Dia do Senhor. Isso prova que o arrebatamento ocorrerá num momento diferente do Dia do Senhor.

Como já abordamos em nosso site, o modelo pré-tribulacionista afirma que o "Dia do Senhor" não é um dia, mas um período. Para o modelo pré, o Dia do Senhor não é o dia de Sua gloriosa vinda, mas é o período tribulacional de 7 anos.

Um estudo mais atencioso e desprovido de preconceitos aprendidos, mostrará que Dia do Senhor e tribulação não podem ser confundidos. Existem muitos argumentos que poderíamos citar aqui.

No entanto, vamos destacar apenas este: O profeta Isaías nos mostra que só o Senhor será exaltado no Dia do Senhor e que toda altivez e orgulhos dos homens maus será abatida (Isaías 2:11-12)

Perguntamos: isso tem alguma coisa a ver com o período tribulacional, onde a altivez e orgulho humanos alcançarão seu clímax e onde o anticristo será adorado como um deus? É óbvio que não! Então, o ensinamento de que o Dia do Senhor é a tribulação não encontra base bíblica.

Pelo contrário, se opõe frontalmente ao que está revelado. A menos, é claro, que o modelo pré-tribulacionista afirme que há vários Dias do Senhor, assim como criou duas últimas trombetas, duas etapas da vinda ou duas primeiras ressurreições... Em nosso estudo O DIA DO SENHOR detalhamos mais sobre o assunto.

O argumento que estamos respondendo se baseia em Amós 5:18-20. Realmente, o profeta Amós nos mostra as consequências drásticas que o Dia do Senhor trará sobre os ímpios. No entanto, a Palavra deve ser compreendida como um todo.

Não é correto nem honesto usar apenas um texto e esquecer propositalmente outros textos que nos dão mais detalhes sobre o mesmo dia. Por exemplo, Isaías 30:27-29 nos revela claramente a dupla consequência que o Dia do Senhor trará: castigo para os ímpios e cântico de alegria de coração para os justificados:

"Eis que o nome do SENHOR vem de longe, ardendo a sua ira, sendo pesada a sua carga; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor.

E a sua respiração como o ribeiro transbordante, que chega até ao pescoço, para peneirar as nações com peneira de destruição, e um freio de fazer errar nas queixadas dos povos.

Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e alegria de coração, como a daquele que vai com flauta, para entrar no monte do SENHOR, à Rocha de Israel" (Isaías 30:27-29)

Vejamos também essa dupla consequência nos ensinamentos de Paulo, com descanso da tribulação para os santos e castigo de eterna perdição para os ímpios:

"E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem.." (II Tessalonicenses 1:7-10)

O Dia do Senhor não é um período de 7 anos, mas é o glorioso e exclusivo dia em que o nosso Senhor se manifestará majestosamente nos céus, arrebatando Sua Igreja e exercendo juízo contra os ímpios. Para finalizar, a expectativa de Paulo em relação a ele e aos irmãos no Dia do Senhor Jesus:

"Como também já em parte reconhecestes em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa no dia do Senhor Jesus" (II Coríntios 1:14)

 


 

QUESTIONAMENTO: Por que haveria simulacros de arrebatamento operados pelas forças do mal se o arrebatamento pré-tribulacional não existe? Não seria algo incongruente?

O mais coerente é pensar que o inimigo possa usar o pretexto de uma abdução em massa para explicar o rapto secreto que ocorrerá antes da tribulação.

Esse raciocínio tem sido constantemente utilizado nos últimos tempos por muitos irmãos que aderem ao pré-tribulacionismo. Parece que, na falta de sentenças e revelações claras na Palavra, usar argumentos como este torna-se necessário...

Nas entrelinhas do raciocínio que estamos abordando, fica a ideia central de que os fenômenos ufológicos, entre eles as "abduções" que alguns têm relatado, seriam uma paulatina operação maligna para, no momento em que ocorrer o rapto secreto ensinado pelo modelo pré-tribulacionista, o anticristo possa "explicar" esse rapto como sendo uma abdução em massa.

Vamos, então, mostrar o que pensamos sobre esse argumento pré-tribulacionista:

1] O raciocínio citado coloca as estranhas aparições e fenômenos que têm ocorrido nos céus, os quais já estão profetizados (Lucas 21:11), como se fosse uma prova cabal de que ocorrerá um arrebatamento pré-tribulacional, iminente e secreto...

Afirmar isso é, no mínimo, forçar a barra. O cenário que Paulo nos ensina a respeito de nosso encontro com Cristo nos ares não deixa margem para nenhuma "explicação" que o anticristo possa dar, posto que será uma manifestação gloriosa, visível, com todos os anjos, tremenda, irrefutável e que trará juízo aos ímpios:

E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar (manifestar=mostrar, exibir, revelar, trazer à luz) o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder (compare todos os textos que mostram a vinda do Senhor acompanhada com Seus anjos e todos esses textos referem-se à gloriosa vinda logo após a grande tribulação), como labareda de fogo (algo nada secreto ou escondido...), tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (não será apenas o arrebatamento, mas a execução plena da justiça divina)

Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder (os ímpios não experimentarão a tribulação nem a ira tribulacional diante dessa vinda que Paulo insta os irmãos a esperar como "descanso das tribulações", mas a eterna perdição), quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem..." (II Tessalonicenses 2:7-10, comentários nossos em preto)

Perguntamos: Que tipo de argumento teria o anticristo diante dessa manifestação gloriosa, todo-poderosa e definitiva do Mestre?

O que aqueles que defendem o argumento "rapto-abdução" precisam explicar e mostrar nas Escrituras é onde está revelado que o nosso encontro com o Salvador nos ares (arrebatamento) está inserido dentro de uma manifestação secreta e imperceptível...

Enquanto o pré-tribulacionismo não explicar isso, mostrando onde está essa revelação no contexto das Escrituras, então todo tipo de comparação entre rapto e abdução perde sentido e não passa de um raciocínio humano.

2] A Palavra mostra que haverá sim um gigantesco engano, cujo clímax será a operação do erro. Nós cremos sim que toda essa questão envolvendo ovnis está diretamente relacionada ao engano satânico e das hostes do mal que habitam as regiões celestes.

No entanto, esse engano satânico não será para "explicar" o hipotético sumiço de milhões de pessoas, mas para levar a cabo o que já está revelado com respeito à manifestação do anticristo:

"A esse (anticristo) cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade" (II Tessalonicenses 2:9-11, comentários nossos em preto).

Então, a Palavra mostra algo muito mais profundo, dentro do contexto do grande engano que se aproxima, do que o fato de dar ao mundo uma "explicação". O engano será realizado para levar as pessoas a adorar um falso deus e sua imagem, adotando também o seu sinal (II Tessalonicenses 2:4).

Veja qual será o contexto desse grande engano que ocorrerá no final dos tempos e analise se será uma "explicação" para o hipotético sumiço de pessoas ou se será algo muito mais profundo:

"E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria.

Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse 13:11-18).

3] Cremos que muitos irmãos, pertencentes à Igreja, serão sobrenaturalmente protegidos pelo próprio Criador em meio e durante a tribulação (Apocalipse 3:10). Muitos irmãos poderão "sumir" do convívio social e serem preservados através da proteção sobrenatural do Messias.

Porém, a promessa que temos de um encontro nos ares com Jesus, está inserida em Sua gloriosa volta, logo após a grande tribulação (Mateus 24:29-31) e nossa glorificação ocorrerá quando soar a última trombeta (I Coríntios 15:51-52).

 


 

QUESTIONAMENTO: O arrebatamento tem como finalidade livrar-nos da ira vindoura (I Tessalonicenses 1:10)

Esse argumento está baseado na passagem a seguir: "E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (I Tessalonicenses 1:10)

Então, o propósito do arrebatamento é o de livrar a Igreja dessa ira que virá, diz o raciocínio em questão.

Cremos que a Palavra do Eterno deve ser entendida como um todo e que, diante de sentenças e afirmações claras, as deduções devem ser deixadas de lado, assim como os ensinamentos baseados num único versículo. No mesmo livro, um pouco mais adiante, Paulo mostra que tipo de livramento é este:

"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele" (I Tessalonicenses 5:9-10)

Fica claro que o livramento da ira do Altíssimo está firmado na salvação em Cristo Jesus e não no arrebatamento. O que nos livra da ira do Senhor não é o arrebatamento, mas o sangue vertido pelo Cordeiro na cruz, o qual nos garante a salvação, quer estejamos vivos ou morramos.

O que nos faz isentos dessa ira é o sacrifício redentor de Cristo, pois se não fosse assim, ainda estaríamos sob a ira do Altíssimo!

O apóstolo Paulo não está referindo-se a um processo tribulacional quando fala em "ira", até porque os irmãos em Tessalônica estavam em pleno processo tribulacional! (I Tessalonicenses 1:6-7).

É uma questão de salvação espiritual, não de preservação física, como insinua o argumento que estamos respondendo. Um argumento que beira a heresia, ao menosprezar o fator que realmente nos livra da ira (salvação através do sacrifício de Cristo) e apegar-se a um livramento físico que nem mesmo o autor da epístola aos tessalonicenses teve...

Paulo não faz uma antítese entre TRIBULAÇÃO X ARREBATAMENTO, mas entre IRA X SALVAÇÃO!

Se fôssemos seguir o raciocínio que essa salvação apontada por Paulo tem como objetivo evitar que soframos o dano da morte física, através de torturas, perseguições, desastres naturais, então devemos afirmar também que homens que viverem sob intensa tribulação, como Pedro, Tiago, Estevão, João Huss e tantos outros, queimados vivos, apedrejados, crucificados e submetidos às formas mais cruéis de morte por parte de governos e autoridades comprometidas com o mal, estão "fora" desse livramento físico...

A ira do Criador, no contexto abordado por Paulo, é um processo que começa com a manifestação gloriosa do Senhor nos céus, como Rei e Juiz, a derrota dos exércitos do anticristo e o juízo que se segue, o qual será aplicado por Ele (Mateus 25:31-46).

Vejamos as passagens que apontam para essa ira vindoura e percebamos que ela só começará a ser concretizada logo após a grande tribulação, contrapondo-se ao ensino pré-tribulacionista de que a ira é a tribulação em si:

1] A ira do Cordeiro e o grande dia dessa ira ocorrerá logo após os sinais que antecedem o Dia do Senhor, quando o sol e a lua escurecerem e os poderes cósmicos forem abalados, ao abrir-se o sexto selo:

"E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apocalipse 6:16-17 – Compare com Mateus 24:29-31 e Joel 2:31 – Leia todo o contexto de Apocalipse 6:12-17)

2] O anúncio da ira do Senhor se dá na sétima trombeta, junto com o anúncio do tempo do julgamento dos mortos e o galardão para os santos:

"E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.

E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.

E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva" (Apocalipse 11:15-19)

3] O próprio Senhor exercerá pessoalmente essa ira quando voltar em glória, logo após a grande tribulação. Enquanto as passagens acima anunciam a vinda dessa ira, a passagem a seguir mostra a chegada dela:

"E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso" (Apocalipse 19:15)

Por último, resta dizer que o propósito do arrebatamento não é livra-nos da ira do Senhor, pois pelo sangue Dele já estamos livres dessa ira!

É isso que Paulo ensina em I Tessalonicenses 5:9-10. O arrebatamento será o encontro maravilhoso nos ares entre o Noivo (Jesus Cristo) e Sua Noiva (Igreja).

 


 

QUESTIONAMENTO: Se o arrebatamento for depois da grande tribulação, quer dizer que Jesus não virá como um ladrão? Como ficam as passagens que mostram que Ele chegará como um ladrão de noite?

Este argumento tem sido respondido e explicado em nosso site muitas vezes. No entanto, achamos conveniente destacar ele neste tópico. Sem dúvidas, a Palavra mostra que o Senhor Jesus Cristo virá "como ladrão".

O Mestre revelou isso e esse ensinamento foi lembrado por Paulo, Pedro e no Apocalipse (Mateus 24:43, I Tessalonicenses 5:2, I Tessalonicenses 5.4-II Pedro 3.10, Apocalipse 16.15).

Cremos as Escrituras devem ser entendidas como um conjunto harmonioso. Logo, deve haver um ensinamento harmonioso sobre a vinda "como ladrão". Na Palavra não há confusão.

Pedimos a nossos irmãos pré-tribulacionistas que, por um momento, deixem de lado o raciocínio que lhes foi ensinado por algum filme, livro, tradição ou conversa, e reflitam conosco à luz da Palavra.

Vejamos, então, para quem a volta do Salvador será "como ladrão", chegando de forma inesperada e trazendo grande apreensão e temor:

"Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei" (Apocalipse 3:3)

No texto acima, o Senhor revela que, para quem não vigiar, a vinda Dele será como um ladrão. Então, entendemos que, para quem estiver vigiando, em comunhão com Cristo, Sua vinda não será como um ladrão.

"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão" (I Tessalonicenses 4:5)

No texto acima, Paulo ensina aos irmãos em Tessalônica (Igreja) que eles já não estavam em trevas. Para eles, iluminados pela Palavra, a vinda não seria "como ladrão". Logo, a vinda será "como ladrão" para quem está em trevas...

Então, se algum cristão está esperando a vinda do Senhor "como ladrão", queremos dizer que, à luz da própria Palavra, está esperando a vinda de forma errônea, pois, para quem está na Luz de Cristo, sendo iluminado pela Sua Palavra, que nos revela todos os sinais e nos insta a permanecer em constante vigilância e oração, a vinda do Senhor não será como um ladrão. É isso que Paulo ensina e é isso que o próprio Ungido revela a João na ilha de Patmos.

Por incrível que possa parecer ao intelecto humano, a vinda gloriosa do Senhor Jesus, logo após a grande tribulação, pegará a maioria da população mundial de surpresa... Para estes, a vinda do Senhor será "como ladrão".

É isso que a Palavra nos descreve: se, durante a grande tribulação, a maioria escolherá dar ouvidos à besta e suas palavras e promessas enganosas, enaltecendo-se e blasfemando do Pai Eterno, mesmo em meio a sinais claríssimos da proximidade do fim e à pregação das duas testemunhas (Apocalipse 9:20-21, Apocalipse 13: 4 e 8, Apocalipse 16:9), quando aparecer o sinal de Cristo no céu, logo após a grande tribulação, os homens se lamentarão diante da chegada do Dia do Senhor (Mateus 24:30, Apocalipse 6:12-17). Para estes, a manifestação do Senhor será como a chegada de um ladrão!

A Igreja não deve esperar a vinda do Senhor como ladrão, mas como Noivo e Senhor. Então, o arrebatamento da Igreja, logo após a grande tribulação, não se contrapõe ao fato da vinda gloriosa do Senhor ser como a chegada de um ladrão para a maioria da humanidade.

 


 

QUESTIONAMENTO: O arrebatamento será como um relâmpago que sai do oriente e se mostra até o ocidente (Mateus 24:27). Logo após um relâmpago vem o estrondo (trovão). Logo, o estrondo, que simboliza a tribulação, ocorrerá após o arrebatamento.

Neste mesmo tópico já respondemos a um argumento pré-tribulacionista, o qual sustenta que o arrebatamento secreto não pode ser a vinda "como um relâmpago", pois a vinda como um relâmpago não combina com o fato da vinda ser como ladrão. Logo, diz o argumento que já respondemos aqui, se trata de duas vindas diferentes...

Agora, nos deparamos com um argumento pré-tribulacionista que é totalmente contrário ao apontado acima, mostrando-nos quão confuso é esse modelo e as incongruências que sustenta.

Neste caso, o argumento se baseia na seguinte lógica: se depois de um relâmpago vem o trovão, logo, o arrebatamento secreto será como relâmpago e o trovão é a própria tribulação. Então, deduz o argumento, o arrebatamento se dará antes da tribulação, assim como o relâmpago se dá antes do trovão...

1] Em primeiro lugar, convém ressaltar que o Senhor Jesus não disse que Sua vinda seria um relâmpago, mas sim "como um relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente" (Mateus 24:27).

Logo, atrelar todos os fenômenos naturais que ocorrem em função de um relâmpago à vinda do Senhor não nos parece o mais criterioso.

Se fôssemos considerar que essa sequência de relâmpago-trovão devesse ser aplicada, respectivamente, ao arrebatamento e à tribulação, então deveríamos afirmar que o arrebatamento seria apenas visível (relâmpago) e a tribulação apenas audível (trovão), o que não encontra sustentação na Palavra, já que haverá "alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus" durante o que os próprios pré-tribulacionistas denominam de rapto secreto (I Tessalonicenses 4:16-17) e quase todos os eventos tribulacionais serão bem visíveis...

2] Se formos ao contexto da passagem, o Mestre havia terminado de falar sobre falsos sinais e aparições que haveria durante a tribulação (veja Mateus 24:21-26). Apenas essa constatação seria suficiente para desacreditar o questionamento que estamos abordando.

Ora, o Senhor Jesus estava exortando os discípulos a distinguirem entre os falsos sinais e aparições que ocorreriam durante a grande tribulação e o Seu próprio sinal. Estava distinguindo entre os simulacros da iniquidade da operação do erro e Sua vinda.

É nesse contexto que Ele revela que Sua vinda se dará como um relâmpago de grande magnitude. O Senhor está revelando a respeito do sinal de Sua gloriosa vinda. Um sinal semelhante a um relâmpago. Então, a vinda "como um relâmpago" ocorrerá após tais simulacros de engano!

3] O fato do Senhor Jesus determinar essa diferença entre o Seu próprio sinal e os outros sinais de engano, nos mostra que trata-se de um sinal visível e identificável por quem estiver na Terra naquele momento. Algo nada "secreto". Muito pelo contrário!

O âmago da comparação feita por Jesus entre Sua vinda e um relâmpago que vai do oriente até o ocidente é precisamente a visibilidade e não a invisibilidade, como sustenta o questionamento que estamos abordando...

Diante desse sinal visível e esplendoroso, a Igreja se alegrará e os ímpios se lamentarão. Esse sinal se dará logo após a grande tribulação (Mateus 24:21-31)

 


 

QUESTIONAMENTO: Na sétima trombeta haverá o derramamento das sete taças e todos blasfemarão contra Deus e sofrerão castigos terríveis por não terem acreditado no Senhor. A Igreja não poderá estar na Terra nesse período. O arrebatamento ocorrerá após a sexta trombeta e antes de iniciar o derramamento das taças.

Este argumento situa o arrebatamento após a sexta trombeta e ao soar da sétima trombeta do Apocalipse. Este é um argumento midi-tribulacionista, entendendo como "midi" a crença no arrebatamento em meio à tribulação.

De certa forma, nós cremos que o arrebatamento ocorrerá na sétima trombeta, posto que a sétima trombeta abrange os eventos finais, até mesmo a própria vinda do Messias:

"...Nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos" (Apocalipse 10:7)

No entanto, cremos que a Palavra nos oferece informações mais precisas para que saibamos em que momento profético ocorrerá o encontro da Igreja com o Seu Senhor nos ares. Toda revelação está sujeita ao Rei Jesus.

Ele revelou que, em Sua gloriosa volta, quando o Seu sinal aparecesse nos céus, Ele mesmo enviaria Seus anjos com rijo toque de trombeta e esses mesmos anjos ajuntariam Seus escolhidos de uma à outra extremidade dos céus (Mateus 24:30-31).

Já o apóstolo Paulo revela-nos que a nossa glorificação corpórea (ressurreição dos mortos e transformação dos vivos) ocorrerá num abrir e fechar de olhos ao soar da última trombeta (I Coríntios 15:51-52).

Ora, quando Paulo citou a "última trombeta" não estava referindo-se à sétima trombeta do Apocalipse, até porque as cartas apocalípticas só foram escritas décadas depois (!)... Paulo estava lembrando as Palavras do Mestre ditas no Monte das Oliveiras.

Então, se, de forma geral, todos os acontecimentos finais ligados à volta do Senhor ocorrerão a partir do toque da sétima trombeta, a revelação bíblica nos oferece, ao mesmo tempo, informações para que situemos com mais precisão quando ocorrerá o arrebatamento: a partir do momento que aparecer nos céus o sinal de Jesus e os homens ímpios começarem a lamentar-se e a esconder-se diante de Sua iminente destruição (compare Mateus 24:29-31 com Apocalipse 6:12-17).

Esse cenário de desespero total descrito em Mateus 24:29-31 e Apocalipse 6:12-17 não combina com o derramar das taças da ira do Criador, contidas na sétima trombeta.

Vemos que, durante o derramar dessas taças, os homens continuarão com uma atitude prepotente, blasfemando de Deus e marchando rumo ao Armagedom contra Jerusalém.

Apesar de crermos que as taças começarão a ser derramadas já na parte final da grande tribulação, nos últimos dias ou horas dela, contudo, se formos coerentes com a revelação total das profecias, esse derramamento das taças ocorrerá antes da manifestação gloriosa do sinal do Senhor nos céus escuros.

Se Cristo revela que o ajuntamento dos escolhidos se dará a partir desse glorioso e visível sinal, então o arrebatamento ocorrerá após o derramar das taças. Aqui vale a pena considerar alguns detalhes:

1] A maior parte das taças cairá sobre o círculo mais próximo à besta, seu trono e sobre aqueles que têm o seu sinal e que a adoram. Serão pragas específicas sobre pessoas específicas (Apocalipse 16:1-14)

2] A quarta taça mostra um abrasamento com grandes calores sobre os homens. Já o Senhor Jesus revela que logo após a grande tribulação o sol e a lua não darão a sua luz e o Seu sinal apareceria nos céus...

Logo, cremos que esses dois eventos ocorrerão em momentos diferentes, apesar de muito próximos. O primeiro (abrasamento com grandes calores) nos últimos dias dos 42 meses de grande tribulação e o segundo (escurecimento do sol e da lua) ocorrerá, como mostra o Salvador, logo após essa grande tribulação (Mateus 24:29).

3] Cremos que nada na Palavra está escrito por um acaso. O Altíssimo é Poderoso para, ao longo das eras, preservar a Sua Palavra e impedir que sejamos confundidos...

Logo após o derramar da sexta taça, a penúltima delas, há uma mensagem para a Igreja: "Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas" (Apocalipse 16:15).

Entendemos que não é coincidência esta mensagem estar no local onde se encontra, depois do derramar da sexta taça. Reconhecemos que, somente quem for protegido pelo Senhor, poderá chegar vivo a esse ponto da revelação.

Muitos irmãos nossos morrerão nesse tempo e eles são chamados de "bem-aventurados" (Apocalipse 14:13). Contudo, algo é certo: o Mestre chama à vigilância em função de Sua volta "como ladrão" e esse chamado está entre a sexta e a última taça. Agora vejamos o que acontece quando a sétima e última taça é derramada:

"E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.

E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam.

E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande" (Apocalipse 16:17-21)

Quando comparamos esta última taça com as passagens de Apocalipse 6:12-17 e Mateus 24:29-31, vemos que a sétima taça marca o começo do Dia do Senhor. Pedimos que você, caro leitor (a) não deixe de fazer essa comparação!

A partir deste momento, os homens começarão a ficar desesperados. A prepotência que os tinha feito levantar seus rostos contra o Pai e marchar contra Jerusalém com milhões de soldados, será substituída por desespero e tremor.

Os poderes cósmicos começarão a entrar em colapso. A partir desse momento, sol e lua escurecerão e o sinal do Senhor aparecerá. O engano da besta ficará patente, mas já não haverá mais volta para quem tiver recebido seu sinal e adorado sua imagem. As pessoas saberão disso, pois as duas testemunhas e muitos outros haviam alertado...

Então, ocorrerá o ajuntamento dos escolhidos nos ares para encontrar-se com o Messias. Não antes! (Mateus 24:29-31). Não podemos esquecer as Palavras de Jesus: "Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas" (Mateus 24:33).

Então, apesar de não estar de todo incorreto, cremos que afirmar que o arrebatamento se dará na sétima trombeta, como afirmam alguns, principalmente midi-tribulacionistas, não condiz com as especificações que a própria Palavra revela de nosso encontro com o Rei nos ares.

Nós veremos, se estivermos vivos, todos os sinais que antecedem a gloriosa volta do Senhor, inclusive as taças e os sinais cósmicos que anunciam o Dia do Senhor. Só então, nosso encontro com Ele nos ares estará "próximo, às portas".

Afirmar que o arrebatamento se dará ao soar de sétima trombeta pode gerar a confusão de fazer crer que nosso encontro com o Rei Jesus se dará antes do que está realmente revelado...

Seria mais coerente, cremos, afirmar que o nosso encontro nos ares com o Senhor se dará apenas a partir do momento em que o Seu sinal aparecer nos céus, logo após a grande tribulação. O último grande sinal será o sinal do próprio Cristo e nós o veremos (Mateus 24:30-31).

 


 

QUESTIONAMENTO: Em Apocalipse 13:7 está escrito: "E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação".

Então, não há possibilidade do arrebatamento ser pós-tribulacional, já que a Palavra revela que haverá cristãos vivos no momento do arrebatamento. Se a besta matará a todos, como haveria vivos para serem arrebatados?

Esse raciocínio parte da premissa que Apocalipse 13:7 descreve o aniquilamento total dos santos. Logo, se esses santos são a Igreja, todos os cristãos seriam mortos e não haveria vivos no momento do arrebatamento, caso ele seja pós-tribulacional.

Consequentemnte, concluem os que usam esse argumento, o arrebatamento tem que ser pré-tribulacional e esses "santos" não são a Igreja. Realmente, nos chama a atenção as verdadeiras "manobras" que o modelo pré-tribulacionista tem que fazer para afirmar suas crenças.

Fica a impressão que, na falta de textos claros e objetivos, o pré-tribulacionismo tenha que recorrer sempre a esses raciocínios tortuosos.

Dizemos que é um raciocínio tortuoso pelas seguintes razões:

1] O texto de Apocalipse 13:7 não diz que a totalidade dos cristãos será aniquilada. Diz que os santos sofrerão guerra parte da besta e serão vencidos. Ora, se são santos, serão vencidos fisicamente e não espiritualmente, pois continuam sendo santos...

O texto claramente se refere à enorme perseguição e morte em massa que o anticristo exercerá sobre a Igreja. Concordamos que grande parte da Igreja será martirizada durante a tribulação.

Da mesma forma que vários imperadores romanos, sob a permissão do Altíssimo, tiveram o poder de matar milhões de irmãos nossos, de formas verdadeiramente cruéis, o anticristo também. Da mesma forma que aquelas mortes cooperaram para o bem do propósito do Pai e para o bem dos próprios mártires, a morte dos santos cooperará.

Isso fica claríssimo quando os mártires que estão sob o trono são instados a esperarem mais um pouco de tempo até que se complete o número de mártires que morrerão da mesma forma que eles morreram no passado... (Apocalipse 6:911).

Morrer em virtude da fé em Cristo e do Evangelho deve ser uma honra para todo cristão. Pena que muitos não pensem assim e fujam dessa possibilidade como gato foge da água... (veja Apocalipse 20:4)

2] Com relação aos sobreviventes, a pergunta que fica aos nossos irmãos pré-tribulacionistas é a seguinte: Não seria o Eterno suficientemente soberano e poderoso para reservar para si um grupo de sobreviventes durante a grande tribulação? Nós cremos que sim.

E mais: temos a revelação de que isso ocorrerá. O Criador protegerá em meio à tribulação que virá aqueles que Ele quiser proteger, de acordo com os Seus propósitos. Assim como, durante as perseguições dos primeiros séculos, o Senhor protegeu de forma sobrenatural a muitos servos Seus, assim será também no fim.

Isso fica claramente revelado em Apocalipse 3:10 e Mateus 24:22, entre outras passagens. Se haverá sobreviventes até mesmo dentre as nações que subirem contra Jerusalém no Armagedom (Zacarias 14:16), mesmo em meio aos horrores tribulacionais, por que não haveria sobreviventes cristãos? Onde está escrito que todos os cristãos serão martirizados ou morrerão durante a grande tribulação?

3] Por último, resta expressar nossa estranheza, mais uma vez, diante das incongruências pré-tribulacionistas.

Ora, se o modelo pré-tribulacionista afirma que os "santos" de Apocalipse 13:7 são os "deixados para trás", ou seja, pessoas que não estavam firmes no Senhor no momento do rapto secreto, como é que se tornarão santos em 2 ou 3 anos sem o agir do Espírito Santo e sem a comunhão da Igreja?

Se esses "santos" forem os judeus, como afirma outra parcela dos pré-tribulacionistas, sendo eles totalmente exterminados, como é que haverá judeus sobreviventes que presenciarão a volta de Cristo e chorarão amargamente em arrependimento? (Zacarias 12:10)

Afinal, a quem os anjos prometem que veriam a volta de Cristo da mesma forma que Ele tinha subido às nuvens? Aos "ex-desviados-deixados-para–trás"? À nação judia? Ou aos discípulos que pertenciam à única e gloriosa Igreja do Senhor? (Atos 1:9-11)

O texto de Apocalipse 13:7 é uma confirmação do que já havia sido revelado a Daniel:

"...E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.

Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.

E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão" (Daniel 7:25-27)

Fica claro que os mesmos "santos" de Apocalipse 13:7, são os "santos" de Daniel 7:25-27. A quem será dado o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos?

Nós cremos que será dado "ao povo dos santos", ou seja, à Igreja que reúne em Seu corpo os santos do Altíssimo de todos os tempos. Não cremos que será dado a "ex-desviados-deixados-para-trás"...

 


 

QUESTIONAMENTO: Nossa bem-aventurada esperança é uma coisa. O aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo é outra.

A passagem de Tito 2:13 estabelece essa distinção. O primeiro conceito se refere ao arrebatamento secreto e o segundo conceito se refere à vinda gloriosa.

Neste ponto, o argumento pré e midi se baseia na conjunção "e". O texto em questão é este:

"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo" (Tito 2:13).

Logo, Paulo, ao escrever a Tito estaria mencionando dois eventos diferentes: a bem-aventurada esperança, a qual significaria, por dedução, o rapto secreto, e o aparecimento da glória do Senhor, que seria a Sua volta gloriosa.

No entanto, a palavra grega kai, que é a conjunção "e" que une os dois conceitos já mencionados acima, pode significar um "e" excludente, mas, por outro lado, pode significar "também".

Por exemplo, quando a Bíblia menciona "céu e terra", o "e" é excludente. Está referindo-se a dois conceitos distintos e opostos. No entanto, quando a Palavra fala, por exemplo, de "Deus e Pai", está mencionando dois conceitos relacionados entre si, os quais devem ser entendidos como um conjunto: "Deus que também é Pai".

Um outro ponto importante no texto grego é ver que, quando há um enunciado como este, unindo dois conceitos através da conjunção "e", devemos atentar para o uso de artigo definido.

Se o artigo definido estiver antes dos dois enunciados, então indica que são ideias diferentes entre si e mutuamente excludentes. Porém, se estiver apenas antes de um deles, indicará que se trata de dois conceitos relacionados entre si. Vejamos o texto original no grego (textus receptus):

"prosdechomai (aguardando) tên (a) makarían (bem-aventurada) elpída (esperança) kai (e) epifáneian (manifestação) tês (da) dõkses (glória)"

Fica patente que, embora a maioria das traduções em português traga artigo definido antes de "aparecimento da glória...", no original grego não aparece este artigo definido.

Apenas há artigo definido antes de "bem-aventurada esperança". Então, a mais correta tradução dessa primeira parte do versículo seria: "Aguardando a bem-aventurada esperança e aparecimento da glória...".

Aliás, o mesmo princípio se aplica à última parte do versículo, para revelar-nos, mais uma vez, a deidade de Jesus Cristo. Apenas há artigo definido antes de "grande Deus" e não há artigo definido antes de "nosso Salvador Jesus Cristo". Logo, o restante do enunciado se refere ao mesmo conceito, mostrando-nos a deidade do Filho:

"tu (do) megálu (grande) theú (Deus) kai (e) sotéros (salvador) hemôn (nosso) Khristú (Cristo) Iesú (Jesus)"

Nesse caso, a tradução é a mesma que temos em nossa versão Almeida: "...Do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo". Então, não há base gramatical para separar os dois conceitos, como se fossem coisas diferentes entre si.

O próprio contexto das revelações escatológicas nos indica que a bem-aventurada esperança do cristão é a gloriosa volta do Senhor.

 


 

QUESTIONAMENTO: Se em Mateus 24:42-44 está dito que o Senhor virá como ladrão, então não pode estar referindo-se à vinda como um relâmpago de Mateus 24:27 ou Lucas 17:24...

 

Em primeiro lugar, é interessante notar a incoerência que existe mesmo dentro do modelo pré-tribulacionsita, pois, enquanto alguns afirmam que a vinda como um relâmpago é a vinda visível e gloriosa, outros, como veremos mais adiante, afirmam que se trata do rapto secreto...

Quando o Mestre diz que virá como um ladrão está referindo-se à única vinda descrita por Ele na mesma ocasião: "O Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória" (Mateus 24:30). Afirmar que Jesus estava referindo-se a outra vinda é afirmar o que não está revelado e, além disso, criar uma enorme confusão na mente das pessoas.

Ao mesmo tempo, a Sua vinda será como ladrão para quem não estiver vigiando. Isso é retratado no exemplo do pai de família e é corroborado por Paulo em I Tessalonicenses 4:5. Para quem estiver vigiando, em comunhão com Cristo, a vinda Dele não será como um ladrão.

Logo, não podemos atrelar o fato da vinda ser como ladrão ao argumento pré-tribulacionista de apresentar a vinda do Senhor como um evento invisível e irreconhecível para o mundo. O âmago da questão apresentada pelo Messias e ensinada por Paulo é a vigilância, não a notoriedade ou invisibilidade do evento em si.

O Senhor Jesus descreve que, da mesma forma que o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será a Sua vinda (Mateus 24:27, Lucas 24:24). Fica claríssimo que se trata de um evento amplamente visível.

O Mestre utilizou, talvez, o maior exemplo de visibilidade e notoriedade que a natureza nos brinda: o relâmpago! A aparição desse gigantesco sinal nos céus, também explicado em Mateus 24:30, traduz os momentos iniciais da gloriosa volta de Cristo, quando Ele reunirá a Igreja nos ares e pisará, ato contínuo, sobre o Monte das Oliveiras.

Será uma vinda visível e audível. Não há nenhum texto bíblico ou ensinamento dos apóstolos que indiquem uma vinda oculta.

Para quem não estiver vigiando, essa manifestação será como a chegada de um ladrão, pois a maioria escolherá dar ouvidos à besta durante a grande tribulação, mesmo em meio a sinais claríssimos da proximidade da gloriosa vinda do Rei (I Tessalonicenses 4:5, Mateus 24:30, Apocalipse 6:12-17, Apocalipse 9:20-21, Apocalipse 16:9).

Então, ao ver esse inquestionável sinal da vinda, como um esplendoroso relâmpago em meio a grandes comoções cósmicas, a maior parte da humanidade se lamentará (Veja Mateus 24:30). Para essas pessoas, a vinda do Senhor será como a chegada de um ladrão na noite.

 


 

QUESTIONAMENTO: No arrebatamento Jesus virá como noivo para as bodas (Mateus 25:1-6) e na volta gloriosa virá como Rei para julgar as nações (Mateus 25:31-34)

Cremos que comete-se um grande erro ao pensar que Jesus Cristo age como um ator. Um ator cumpre um determinado papel de cada vez.

O Messias não é um ator, mas uma pessoa. Uma pessoa divina. Se um juiz humano pode, em tese, no mesmo dia, encontrar-se com sua noiva e julgar uma causa importante, porque Ele, o Rei dos reis, teria tais limitações?

Ele é Amigo e é Juiz. Ele é Pastor e é Sacerdote. Ele é Divino e é Homem. Ele é Noivo e é Rei... Porque seria necessário colocar um lapso de 7 anos ou 3 anos e meio para que Ele seja plenamente Noivo e Rei ao mesmo tempo? Está Ele limitado?

A sequência apresentada na Palavra mostra o sinal Dele aparecendo nos céus, os homens se lamentando, os escolhidos sendo reunidos nos ares, Jesus pousando Seus pés no Monte das Oliveiras, o tribunal do Senhor sendo instaurado para julgar antes do Milênio e Sua Noiva sendo convidada a entrar no Reino...

Essa sequência mostra claramente que o Salvador é Noivo e é Rei e pode sê-lo ao mesmo tempo! Em nosso estudo BODAS DO CORDEIRO detalhamos minuciosamente porque cremos que as bodas ocorrerão logo após a volta triunfal do Senhor Jesus, imediatamente depois da grande tribulação.

 


 

QUESTIONAMENTO: No arrebatamento, o Senhor Jesus virá para a Igreja (João 14:3). Já no Dia do Senhor, Ele virá com a Igreja (Colossenses 3:4)

 

Este argumento é parecido ao que comentamos acima. O raciocínio gira em torno da seguinte ideia: se o Senhor Jesus prometeu que viria para os Seus e existem textos que mostram o Senhor descendo com os Seus, então deve haver uma grande diferença de tempo entre um evento e outro.

Algo que nos chama bastante a atenção é que as Palavras do Senhor ditas em João 14:3 foram proferidas, em primeiro lugar, para os Seus apóstolos, que eram judeus. Logo, seguindo o próprio raciocínio dispensacionalista e pré-tribulacionista, se as palavras são dirigidas a judeus, deve referir-se à volta gloriosa...

Ou seja, usando os próprios argumentos dispensacionalistas, vemos o quão frágil é esse modelo. Um modelo que usa a todo momento dois pesos e duas medidas.

Não há nenhuma razão para crer que o Senhor Jesus estava mencionando em João 14:3 uma vinda diferente à que Ele mesmo ensinara horas antes, de forma pormenorizada e recheada de detalhes, aos mesmos discípulos no Monte das Oliveiras... Uma vinda diferente à que foi ensinada à Igreja pelos apóstolos e anciões dos primeiros séculos...

Por outro lado, o texto de Colossenses 3:4, usado como base para contrapor-se a João 14:3, mostra o contrário a uma vinda oculta e silenciosa. Mostra a manifestação gloriosa do Salvador.

O termo grego usado para "manifestar" é phaneroo, que significa literalmente "fazer visível" ou "aparecer". Mais uma vez, a Palavra aponta para uma vinda visível e gloriosa! Veja o texto:

"Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar [se fizer visível], então também vós vos manifestareis com ele em glória"

Agora veja o mesmo Paulo, quem escreveu aos colossenses, descrevendo o mesmo evento aos irmãos de Tessalônica. Veja o contexto:

"Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.

Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros, de maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais;

Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;

Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem" (II Tessalonicenses 1:1-10).

Paulo ensina que o Senhor se manifestará trazendo alívio a nossa tribulação, numa aparição gloriosa, acompanhada dos anjos do Seu poder e como labareda de fogo, trazendo o castigo de eterna perdição aos que não creem (veja Mateus 25:31-46).

É nesse momento que Ele virá para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado por eles. Perguntamos: isso tem alguma coisa a ver com um rapto secreto 7 anos ou 3 anos e meio antes da gloriosa vinda ou tem a ver com a própria vinda de Cristo, logo após agrande tribulação (Mateus 24:29-31)?

Então, entendemos que, quando o Senhor se manifestar visivelmente nos céus, nós seremos ajuntados para manifestar-nos juntamente com Ele e descer à Terra, onde Ele exercerá juízo. João 14:3 e Colossenses 3:4 narram características e detalhes do mesmo evento.

O Salvador nos atrairá a Si nos ares e, ato contínuo, descerá para exercer juízo e reinar sobre as nações. Nós, estaremos para sempre com Ele.

 


 

 

QUESTIONAMENTO: No arrebatamento, Cristo virá nos ares (I Tessalonicenses 4:17). No Dia do Senhor, Ele pisará no Monte das Oliveiras (Zacarias 14:4)

 

Mais um argumento pré-tribulacionista ou midi-tribulacionista que já foi, de certa forma, respondido acima. Por que complicar o que não é complicado? Ora, para que o Senhor ponha Seus pés no Monte das Oliveiras é necessário que antes Ele apareça nos céus!

Até mesmo uma criança que não tenha sido condicionada pelo modelo dispensacionalista tradicional, saberia responder com a pureza, objetividade e sinceridade que só elas têm...

Na volta gloriosa de Cristo ocorrerá o inverso ao que os discípulos viram quando Ele ascendeu aos céus. Naquele dia, o Senhor os reuniu no Monte das Oliveiras e subiu às nuvens, sendo visto por todos os que ali estavam. No dia de Sua volta, Ele aparecerá nas nuvens, chamará para Si os Seus e descerá ao mesmo Monte das Oliveiras.

Não é à toa que os discípulos receberam a promessa de que, da mesma forma que eles tinham visto o Senhor subir aos céus, eles veriam o Senhor vir até eles (Atos 1:10). Em um momento, Ele estava conversando com os discípulos no Monte. Poucos instantes depois, Ele estava sendo recebido nas nuvens...

Da mesma forma que o Senhor não demorou 7 anos ou 3 anos e meio para subir do Monte das Oliveiras e chegar aos céus, não demorará esse período sustentando pelos modelos pré e midi tribulacionistas, respectivamente, para vir nos ares e pousar Seus pés no Monte das Oliveiras.

 

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