
Talvez
essa seja a questão central dentro da proposta
deste site. Em que momento dos acontecimentos proféticos se dará o
nosso encontro nos ares com o Mestre, tal qual foi revelado em Mateus
24:30-31 e I Tessalonicenses 4:16-17?
Entendemos, pelas razões que exporemos mais adiante, que o encontro
da Igreja glorificada com Cristo nos ares não pode ser dissociado
de Sua gloriosa vinda.
Neste artigo, abordaremos alguns tópicos que nos direcionam a
acreditar que o chamado arrebatamento ou encontro dos salvos com o Rei
dos reis nos ares será um evento que ocorrerá ao mesmo
tempo da segunda vinda Dele, logo após a grande tribulação.
Essa questão assume vital importância, pois observamos que
muitos não estão atentando para essa questão. Muitos
sequer cogitam a possibilidade de passar por esses momentos de tribulação
e provação (I Pedro 1:7).
Da mesma maneira que a Igreja primitiva teve que escolher entre
viver de acordo com os princípios espirituais e morais do império
romano e a reclusão das catacumbas, devido à implacável
perseguição desencadeada a partir do ano 64 d.C., a Igreja
nos últimos tempos se verá diante de igual conjuntura.
Aceitar a marca do anticristo ou viver à margem do sistema político,
econômico, social e religioso que governará o mundo? Talvez
você tenha que responder a essa pergunta num futuro muito próximo...
Não queremos ser conclusivos. Acontecendo o arrebatamento antes,
durante ou após a grande tribulação, o vital é que
o cristão esteja preparado para esse momento maravilhoso em que
aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados e os que estiverem
vivos serão transformados recebendo corpos celestiais para, ato
contínuo, encontrar-se com o Salvador nos ares e reinar com Ele
sobre a Terra e toda a criação.
O que nos chama a atenção é que, ocorrendo o arrebatamento
logo após a grande tribulação, muitos não
estejam realmente preparados para enfrentar esses dias difíceis,
pois a maioria defende o arrebatamento como um evento pré-tribulacional.
Muitos atualmente estão mais preocupados em estar cada vez mais
inseridos na sociedade, aproveitando tudo o que ela pode
oferecer, do que dedicados ao estudo das profecias escatológicas.
Que tipo de postura essas pessoas terão diante dos últimos
acontecimentos? É
hora de se preparar, porque não sabemos o dia nem a hora em que
nosso Salvador virá (Mateus 24:42). A
seguir, abordaremos alguns tópicos que nos mostram claramente que o chamado "rapto" ou
encontro dos salvos com Jesus, será um evento que acontecerá ao
mesmo tempo da segunda vinda de Jesus em glória, ou seja, logo
após a grande tribulação.
Ao mesmo tempo, tentaremos explicar porque o sistema
pré-tribulacionista
além de ser um ensino novo no seio da Igreja, não possui
suficiente base bíblica. Neste estudo não estão
incluídos todos os pontos referentes à questão abordada.
Em todo nosso site você encontrará outros artigos, comentários
e reflexões que certamente completarão o que é exposto
aqui. Analisemos alguns textos bíblicos que abordam os temas "arrebatamento" e "segunda
vinda".
LOGO
APÓS A GRANDE TRIBULAÇÃO
Na revelação profética proferida pelo Messias poucos
dias antes de Sua morte, a qual encontra-se registrada nos livros de
Mateus, Marcos e Lucas, Ele relaciona diretamente o arrebatamento à vinda
em glória, deixando claro que acontecerão ao mesmo tempo.
Em Mateus 24:29-31, diz textualmente:
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá,
e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão
do céu e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem;
e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho
do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais
ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus".
Nesse texto, fica claro que a segunda vinda de Cristo acontecerá logo
após a grande tribulação (Mateus 24:21), será visível
a nível mundial e em glória. É neste momento que
os escolhidos serão arrebatados de todas as partes da terra.
As palavras do Mestre são diretas e reveladoras. Lembremos que
naquele dia, em razão da pergunta de alguns discípulos,
os quais tinham ficado chocados quando lhes foi dito que o Templo de
Jerusalém seria destruído, o Mestre se deteve para explicar-lhes
de forma pormenorizada os principais eventos proféticos e sinais
que antecederiam Sua volta.
Não foi, como sustentam alguns, uma revelação exclusiva
para os judeus. O Salvador estava lidando naquele momento com os discípulos
que seriam Suas testemunhas no começo da Igreja e que iriam apascentar
essa Igreja.
Pouco antes de subir aos céus, Cristo instruiu Seus discípulos,
os mesmos que tinham ouvido aquelas importantes revelações
proféticas, para que fossem e fizessem discípulos de todas
as nações (não apenas judeus), batizando essas pessoas
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando essas
mesmas pessoas a guardarem todas as coisas que Ele lhes tinha mandado
(Mateus 28:19-20).
Dentre "todas as coisas" que o Senhor lhes tinha revelado estão,
obviamente, as revelações feitas no Monte das Oliveira
pouco antes de ser crucificado. Portanto, não há nenhuma
base para afirmar que Mateus 24:29-31 se aplique ao povo judeu e não à Igreja.
Quem ensina isso está tentando fazer com que a revelação
se encaixe dentro de seu sistema escatológico em vez de deixar
que sua posição escatológica seja delineada pelo
que revela claramente a Palavra de Jesus Cristo.
Por outro lado, as intervenções de Paulo a respeito desses
temas obedecem fielmente ao que já havia sido ensinado pelo Mestre. Não
existe uma "escatologia de Paulo" dedicada à Igreja
e distinta da escatologia ensinada por Cristo.
Pelo contrário, Paulo, apóstolo que se destaca por seu
sincronismo escatológico com os ensinamentos de Cristo, narra
em I Tessalonicenses 4:16-17 um cenário idêntico ao profetizado
por Jesus em Mateus 24:29-31, atribuindo esse momento ao arrebatamento
da Igreja.
Nos parece inapropriado sustentar que ambos os textos
se referem a momentos e situações diferentes e que Mateus 24:29-31 não
se refere ao arrebatamento da Igreja.
ENCONTRO NOS ARES
Na primeira
carta aos tessalonicenses, o apóstolo Paulo explica
mais uma vez como acontecerão os fatos (I Tessalonicenses 4:13-18).
No versículo 16 ele aborda a vinda de Cristo, dando a entender
que esta vinda não será oculta para as pessoas em geral
e sim visível.
A exemplo do que fez Jesus no sermão profético, Paulo relaciona
diretamente o arrebatamento a uma manifestação gloriosa
do Salvador. Vejamos:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro, depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor"
Fica claro que o apóstolo Paulo está falando sobre a segunda
vinda de Jesus em glória, lembrando aquilo que já havia
sido revelado pelo Ungido! É muito mais coerente crer assim do
que afirmar que Paulo estava se referindo a um evento completamente distinto
do que havia sido revelado pelo Mestre.
Como já comentamos, são notórias e impressionantes
as semelhanças com a narrativa do sermão profético
de Jesus:
a)
presença de anjos e arcanjos b)
o som das trombetas
c)
grande alarido, poder e glória.
Sem
dúvidas, Paulo tinha conhecimento da narrativa profética
de Jesus no Monte das Oliveiras, e traça em I Tessalonicenses
4:13-18 um relato desse mesmo evento. Nos parece temerário sustentar
que Paulo estava referindo-se a um momento diferente àquele
ensinado por Jesus...
AO
SOM DA ÚLTIMA
TROMBETA
Toda vez
que Paulo ensina algo novo para os irmãos, algo que
não havia sido revelado ainda, ele deixa claro que se trata de
um mistério até então encoberto. Em sua primeira
carta aos irmãos em Corinto, ele traz uma revelação
a respeito da glorificação corpórea que ocorrerá no
momento da gloriosa vinda do Salvador sobre os vivos e os mortos que
fazem parte da Igreja. Em I Coríntios 15:51-52 está escrito:
"Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos; mas todos
seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante
a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados"
Note que o apóstolo menciona "ante a última trombeta".
Aqueles que já leram o livro de Apocalipse sabem que a última
trombeta ou a sétima de um total de sete, será o sinal
que desencadeará uma série de acontecimentos que levarão à derrota
final do anticristo e do falso profeta diante da vinda de Jesus em glória
(Apocalipse 11:15).
Por essa razão, alguns tendem a relacionar a última trombeta
descrita por Paulo na carta aos corintios à sétima trombeta
do Apocalipse, o que, cronologicamente, está correto, pois a sétima
trombeta desencadeará os últimos eventos tribulacionais.
Porém, na prática, não se caracteriza literalmente
com a "última trombeta" mencionada pelo apóstolo
dos gentios, já que o Apocalipse não havia sido sequer
escrito quando a carta aos coríntios foi elaborada.
Também, não tem sustentação, para encaixar
essa última trombeta dentro do sistema pré-tribulacionista,
basear-se na passagem de Números 10:1-10, com o propósito
de afirmar um último toque de trombetas dentro de uma série
específica, pois a afirmação de Paulo é contundente:
o arrebatamento será ao soar da última trombeta.
A posição mais correta e equilibrada, ao interpretar o
que significa "a última trombeta", está, mais
uma vez, no próprio relato de Jesus. Ele determinou em Seu sermão
profético que a Sua volta seria visível, gloriosa, acompanhada
de anjos e ao som de trombeta (Mateus 24:30-31).
Portanto, não há razões para negar que Paulo, novamente,
se sujeita ao ensino de Cristo e transmite esse ensino aos irmãos
em Corinto. De acordo com Paulo, o mistério, que é a glorificação
corpórea dos santos vivos e mortos, se dará ao soar a última
trombeta.
O mistério revelado a Paulo não é a trombeta, mas
a glorificação da Igreja quando soar essa última
trombeta. A trombeta profética final e definitiva soará no
momento da gloriosa volta do Senhor e isso já havia sido revelado
por Ele mesmo (Mateus 24:31). Essa constatação relaciona,
mais uma vez, o arrebatamento da Igreja à vinda em glória
do Mestre.
MÁRTIRES NA TRIBULAÇÃO
Em Apocalipse
6:9-11, é narrada uma forte cena. Aparecem irmãos
que haviam sido martirizados por causa da Palavra do Senhor e pelo testemunho
que haviam dado em sua geração, clamando ao Senhor por
justiça e sendo consolados por Ele.
Naquele momento é dito a eles que é preciso que esperem
ainda "um pouco de tempo" até que se completasse o número
de seus conservos e seus irmãos que haveriam de ser mortos, como
também eles foram.
Esse texto fala claramente de cristãos pertencentes à Igreja
primitiva e aos posteriores que foram martirizados por seu testemunho
e vida cristã. O martírio, via de regra, está relacionado à oposição
oficial e institucional contra o Evangelho. Durante séculos, muitos
morreram por causa da sua fé em Cristo e isso é bíblica
e historicamente inquestionável.
Porém, de acordo com as Escrituras, é necessário
que esse número de mártires se complete. Como isso continua
acontecendo hoje, ainda que em menor número, esse número
só será completado nos últimos dias, em pleno período
tribulacional, já que é clara a presença de martirizados
durante esse período (Apocalipse 20:4-6).
Durante o período tribulacional haverá a maior de todas
as perseguições e tribulações institucionais
contra a Igreja do Senhor. O texto de Apocalipse 6:9-11 deixa implícito
que a perseguição nos últimos dias será semelhante à enfrentada
pela Igreja primitiva: "...Até que também se completasse
o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de
ser mortos como eles foram", ou seja, um grupo de cristãos
perseguido por um império político e religioso como aconteceu
com os nossos primeiros irmãos.
A
PRIMEIRA RESSURREIÇÃO
Em Apocalipse
20:4-6 está revelado:
"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles,
e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram
degolados pelo testemunho
de Jesus,
e pela palavra de Deus, e que não adoraram à besta, nem à sua
imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos;
e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos
não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a
primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não
tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de
Cristo, e reinarão com ele mil anos"
Essa passagem é muito reveladora. Quando a Bíblia fala
em primeira ressurreição, exclui automaticamente outra
anterior, exceto os fatos específicos e reduzidos acontecidos
no decorrer da história como é o caso, por exemplo, da
ressurreição de algumas pessoas durante a crucificação
de Jesus ou aqueles ocorridos no ministério do profeta Eliseu,
as quais diferem da "primeira ressurreição" na
questão da glorificação.
A glorificação corpórea para a Igreja, como ensina
Paulo em I Coríntios 15:50-52, ocorrerá ao som da última
trombeta. Nem antes, nem depois. Se a passagem que citamos inclui na
primeira ressurreição aqueles que não adorarão à besta
e morrerão por isso, então essa primeira ressurreição,
obviamente, não pode acontecer antes da tribulação,
pois a manifestação e poderio da besta ocorrerão
em plena grande tribulação.
Por outro lado, se esta é a primeira ressurreição,
fica bastante óbvio que não haverá nenhuma ressurreição
em massa anterior a esse momento. Alguns, ao deparar-se com esse claro
e objetivo argumento, tentam contra-argumentar sustentado a divisão
da primeira ressurreição em etapas.
Porém, o texto apocalíptico é taxativo: "Esta é a
primeira ressurreição". A ressurreição
da Igreja por etapas não é revelada nas Escrituras. Pelo
contrário, o apóstolo Paulo ensina que a ressurreição
dos que são de Cristo se dará na volta Dele (I Coríntios
15:23).
Também é interessante observar na passagem de Apocalipse
20:4-6 que, aqueles que participam dessa primeira ressurreição,
não serão tocados pela segunda morte. Ou seja, a ausência
eterna da comunhão com o Pai.
Então, de acordo com o sermão profético de Jesus,
as revelações de Paulo e os textos do Apocalipse que analisamos,
participarão desta primeira ressurreição aqueles
que morreram em Cristo (inclusive durante a grande tribulação).
Aqueles que ainda estiverem vivos no momento da vinda gloriosa
do Filho serão transformados,como ensina Paulo em I Coríntios 15:50-52..
APOSTASIA E ANTICRISTO PRIMEIRO
A segunda
carta de Paulo aos irmãos em Tessalônica é riquíssima
em esclarecimentos proféticos. Em II Tessalonicenses 2:1-3, o
apóstolo Paulo divinamente inspirado, volta a relacionar diretamente
o arrebatamento à segunda vinda de Cristo em glória.
Esse ensinamento do apóstolo foi proferido com o propósito
de combater alguns que pregavam, já em meados do século
I, a iminência do regresso de Cristo. De acordo com esses falsos
mestres, o Senhor voltaria a qualquer momento já naqueles dias.
Paulo sabia que tal vinda não poderia ocorrer sem a concretização
dos sinais previamente profetizados pelo Mestre. Vejamos:
"Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,
e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente
do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito,
quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como
se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira
alguma vos engane; porque não será assim sem que antes
venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da
perdição".
Neste texto ficam claras duas verdades:
a)
Paulo associa nossa reunião com Cristo (arrebatamento) ao momento
da vinda de Jesus. Mais uma vez, entendemos que é temerário
supor que Paulo estava falando de uma vinda diferente à vinda
descrita pelo próprio Jesus no sermão profético.
b) Esses dois eventos relatados na parte anterior (vinda e
arrebatamento), não acontecerão antes da apostasia e da manifestação
do anticristo, colocando obviamente esses eventos para o final do período
tribulacional.
Um fato interessante nesta passagem, é que Paulo não menciona
um arrebatamento pré-tribulacional como um dos precedentes necessários
para a vinda do Dia do Senhor. Paulo usa como precedentes para tal vinda
a apostasia e a manifestação do homem do pecado.
Contudo, o arrebatamento secreto seria o argumento mais
forte que Paulo poderia apresentar aos irmãos de Tessalônica para mostrar
que a vinda de Jesus ainda não havia ocorrido... A omissão
desse argumento vital, nos mostra mais uma vez que Paulo não tinha
qualquer ensinamento a respeito de um arrebatamento pré-tribulacional
da Igreja.
É
notório também que, ao analisar o resto do texto sem preconceitos,
chegamos à conclusão de que o que detém a revelação
do anticristo não é a Igreja nem mesmo o Espírito
Santo, enviado à Igreja, pois a manifestação do
filho da perdição se dá cronologicamente antes do
encontro entre Jesus e Sua Igreja, ou seja, antes do arrebatamento.
Por outro lado, fica implícito que Paulo toma o cuidado de não
mencionar "aquilo" e "quem" detém a revelação
do anticristo. Se fosse a Igreja ou o Espírito Santo, haveria
razões para Paulo ocultar o sujeito por duas vezes, mesmo considerando
que os tessalonicenses já tinham ouvido isso diretamente de Paulo?
Alguns têm sugerido que o termo "apostasia" deve ser
entendido como uma referência ao próprio arrebatamento ao
afirmar que tal termo significa "partida". Então, de
acordo com esse entendimento, a Igreja seria retirada da Terra antes
da manifestação do anticristo.
Oferecemos uma resposta a esse argumento mais adiante,
quando abordaremos os principais argumentos pré-tribulacionistas. Mais uma vez, é necessário
notar a sujeição de Paulo aos ensinamentos proferidos por
Jesus no sermão profético, registrado em Mateus 24 e também
em Marcos e Lucas.
Paulo, para mostrar aos irmãos em Tessalônica que a vinda
do Senhor não ocorreria a qualquer momento dá dois grandes
sinais que antecederão a volta do Senhor e nossa reunião
com Ele: a apostasia e a manifestação do anticristo.
Tal revelação está em plena sincronia com o que
já tinha sido revelado por Cristo no sermão profético.
Jesus profetizou como sinais que antecederiam Sua volta o esfriamento
do amor por parte de muitos (Mateus 24:12) e a abominação
desoladora (Mateus 24:15).
São os mesmos sinais apontados por Paulo em II Tessalonicenses
2:1-3, deixando claro mais uma vez que o apóstolo considerava
o sermão profético de Jesus a base escatológica
que deveria ser seguida por todos os cristãos, sem exceções!
ALÍVIO NA TRIBULAÇÃO
Analisemos ainda a passagem de II Tessalonicenses 1:7-8:
"E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar
o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda
de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e
dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo"
Devemos observar que o apóstolo Paulo se refere aqui ao dia em
que os cristãos seriam finalmente libertos das perseguições
e tribulações do mundo. É importante destacar alguns
pontos fundamentais nessa passagem:
a)Quem são as pessoas que estão sendo atacadas e atribuladas
de acordo com essa passagem? Obviamente, trata-se dos cristãos
vivos ao tempo do apóstolo Paulo e que viviam constantemente
sob perseguição. Por abrangência, o texto se
refere a todos aqueles que pertencem à Igreja e que estiverem
vivos no tempo da volta de Cristo, sob intensa perseguição
e tribulação.
b)Quando eles terão descanso das tribulações?
O apóstolo é claro: "... quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus...". Uma manifestação,
como descreve a passagem, acompanhada de grande majestade e poder.
Paulo descreve a
volta do Senhor Jesus acompanhado dos anjos do Seu poder, como
uma labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem
ao Pai e não obedecem as boas novas do Senhor Jesus.
Nada disso nos remete a um rapto secreto e sim a um evento visível
e glorioso. O versículo 8 não deixa muita margem de dúvida
que a passagem está referindo-se a gloriosa volta do Senhor quando
associa essa manifestação poderosa à destruição
dos inimigos de Deus.
O versículo seguinte (II Tessalonicenses 1:9) esclarece ainda
mais a questão ao revelar que os inimigos do evangelho sofrerão,
como castigo, a eterna perdição. Ou seja, Paulo não
está falando de uma vinda que gerará um período
tribulacional, mas de uma vinda que trará juízo definitivo.
É
obvio, portanto, que Paulo só pode estar se referindo à vinda
do Senhor em glória, que se dará exatamente logo após
a grande tribulação. O que fica evidente então é que
os cristãos terão alivio definitivo de suas tribulações
quando Cristo retornar para buscá-los e, ao mesmo tempo, derrotar
o anticristo e as suas hostes, instaurando Seu reino de amor e justiça
sobre a Terra.
GALARDÕES APÓS A SÉTIMA
TROMBETA
Em Apocalipse
11:17-18, os vinte e quatro anciãos expressam:
"...Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és,
e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder,
e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e
o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão
aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome,
a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem
a terra"
Observando o contexto onde se dá essa exclamação
dos vinte e quatro anciões, vemos que ele ocorre logo após
o toque da sétima trombeta, deixando evidente que a entrega de
galardões para os santos (recompensa), se dará após
o toque da sétima trombeta e não antes.
O tempo do recebimento da recompensa por parte dos fiéis de todos
os tempos é um evento relacionado neste versículo ao tempo
da destruição dos que destroem a terra, relacionando mais
uma vez o encontro da Igreja com Cristo como um evento inserido no final
da tribulação e imediatamente anterior à derrota
do anticristo, quando se concretizará a derrota final daqueles
que destroem a Terra.
Assim como já vimos ao ler II Tessalonicenses 2:7-9. Em Mateus
16:27, o Senhor já havia revelado que, por ocasião de Sua
vinda, na glória de Seu Pai e acompanhado pelos Seus anjos, Ele
recompensaria a cada um conforme a suas obras. No versículo seguinte
(Mateus 16:28), o Senhor ensina que Ele virá em Seu reino e que
isso será visível.
O
MISTÉRIO DE DEUS E A SÉTIMA
TROMBETA
Em Apocalipse
10:7, está escrito que o mistério do Eterno
se cumprirá "nos dias da voz do sétimo anjo, quando
tocar a sua trombeta". Quando, sob o prisma dos últimos acontecimentos,
abordamos os conceitos "mistério" e "trombeta",
observamos um interessante sincronismo entre esta passagem e a revelação
dada a Paulo sobre o mistério que ocorreria ao soar da "última
trombeta".
Esse sincronismo entre a revelação dada a Paulo e aquela
recebida por João, nos parece muito mais do que uma mera coincidência.
Como já vimos anteriormente, se formos coerentes com a clareza
da revelação, a última trombeta será tocada
no momento da manifestação visível do Senhor nos
céus (Mateus 24:31).
Então, quando Paulo fala de "última trombeta",
cremos que o apóstolo está citando o que o Senhor já havia
ensinado. Porém, considerando que o escritor do Apocalipse não
faz nenhuma menção explícita ao encontro da Igreja
com o Senhor nos ares, acreditamos que o mistério mencionado em
Apocalipse 10:7 esteja relacionado a esse evento maravilhoso, no qual
receberemos corpos glorificados.
Isso se encaixa perfeitamente com o mistério mencionado por Paulo
em sua primeira carta aos coríntios, situando, em ambos os casos,
o arrebatamento na parte final da tribulação, ou seja,
ao som da última trombeta ou, como identifica o escritor do Apocalipse,
quando o sétimo anjo tocar a sua trombeta, desencadeando os eventos
finais do período tribulacional, que desembocarão na vinda
de Jesus, quando soará, como já vimos, a última
trombeta.
O ARMAGEDOM E O ARREBATAMENTO
Em Lucas
17:37, após detalhar algumas características
do arrebatamento e da Sua vinda em glória, Jesus é inquirido
por seus discípulos com uma pergunta que muitos fazem atualmente:
- Onde Senhor?
Essa pergunta foi feita em função de todos os acontecimentos
narrados por Cristo a respeito de Sua vinda, inclusive o arrebatamento,
explicitando as dúvidas que eles tinham a respeito da localização
geográfica e histórica dos eventos profetizados pelo Mestre.
Jesus respondeu a Seus discípulos com uma declaração
enigmática que está registrada não somente no texto
de Lucas 17:37, mas também em Mateus 24:28: "...Onde estiver
o corpo, aí se ajuntarão as águias".
Como já mencionamos, nos versículos anteriores, Jesus detalhou
a Sua vinda gloriosa e o arrebatamento dos fiéis (Lucas 17:34-36),
relacionando mais uma vez os dois eventos em questão.
Ao responder com uma declaração enigmática e ao
não diferenciar os eventos profetizados por Ele nos versículos
anteriores, Jesus outra vez não faz nenhuma distinção
temporal entre Sua vinda gloriosa e o arrebatamento da Igreja, nem entre
essa vinda e a derrota dos exércitos do anticristo, como ficará demonstrado à continuação.
Ainda mais: a pergunta dos discípulos foi feita imediatamente
depois de Cristo descrever o arrebatamento (versículos 34 e 36),
estando, obviamente, a resposta dessa pergunta atrelada diretamente à localização
desse evento dentro do contexto dos últimos acontecimentos.
Se na resposta dada pelo Mestre nós vemos uma realidade que só será concretizada
na derrota dos exércitos do anticristo no Armagedom, como abordaremos
posteriormente ao comentar Apocalipse 19:17-18, fica estabelecida mais
uma vez pelo próprio Cristo uma relação direta e única
no tempo entre a Sua vinda gloriosa, o arrebatamento da Igreja e a derrota
do anticristo e os seus exércitos no Armagedom, colocando todos
esses eventos nos momentos finais da grande tribulação!
Voltando à declaração enigmática de Jesus
em Lucas 17:37 e Mateus 24:28, vemos que os termos fortes utilizados
por Cristo (aves de rapina se reunindo sobre o corpo), não parecem
de forma alguma estar descrevendo nossa reunião com Ele, apontando
para algo aterrador que ocorrerá por ocasião da Sua volta
em glória.
Esse fato marcante e forte que ocorrerá na volta gloriosa de Cristo
para arrebatar a Igreja, derrotar os exércitos do anticristo e
livrar Israel está descrito em Apocalipse 19: 17-18, envolvendo
os mesmos elementos citados por Jesus em Lucas 17:37 e Mateus 24:28 (aves
de rapina e corpo):
"...E vi um anjo que estava no sol, e clamou
com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia
do grande Deus, para que comais a carne dos reis, e
a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne
dos cavalos e dos que sobre eles se assentam;
e a carne de todos os homens, livres de servos, pequenos
e grandes"
Esse texto descreve os momentos subseqüentes à volta de Cristo,
quando o mesmo derrotará os exércitos do anticristo no
Armagedom e revela a sorte que terão os corpos dos exércitos
derrotados, levando-nos a uma relação lógica com
a declaração enigmática de Jesus em Lucas 17:37
e Mateus 24:28: "...Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão
as águias...".
Jesus, ao responder à indagação de Seus discípulos
a respeito do arrebatamento com uma citação enigmática
do que aconteceria por ocasião da derrota assustadora dos exércitos
do anticristo no Armagedom, relaciona mais uma vez o arrebatamento dos
fiéis à Sua vinda em glória.
O que fica patente em todos esses textos e em muitos
outros que analisaremos neste site, é que o arrebatamento da Igreja não deve ser
separado da volta de Cristo em glória. A
clara constatação bíblica da participação
da Igreja no período tribulacional nos chama a uma séria
reflexão. Como se dará essa participação?
Que atitudes deverão ter os servos do
Senhor na terra diante do governo mundial maligno?
Essas e outras perguntas serão respondidas na medida do possível
no decorrer deste livro e nós esperamos de todo coração
que o mesmo gere uma maior conscientização sobre o verdadeiro
papel da Igreja nos últimos tempos.
O
PRÉ-TRIBULACIONISMO
Os primeiros
elementos para o surgimento da idéia do arrebatamento
anterior à tribulação apareceram no século
XIX, dentro do movimento carismático dos irvingistas. Até aquele
século ninguém fizera qualquer distinção
entre o arrebatamento e o segundo advento de Cristo.
O movimento surgido entre os irvingistas, foi posteriormente popularizado
pelos irmãos de Plymouth nos Estados Unidos, de onde, rapidamente,
se propagou para outras denominações evangélicas,
as quais, pelo fato de, em sua maioria, terem iniciado suas atividades
de evangelismo internacional e crescimento a partir do século
XVIII, absorveram a interpretação pré-tribulacionista,
chegando em alguns casos a dogmatizá-la em seus credos.
Para entender porque essas igrejas abraçaram a novidade do pré-tribulacionismo, é necessário
saber qual era a mentalidade escatológica daquele tempo. A maioria
dos cristãos no século XVIII era pós-milenista e
historicista. Ou seja, eles entendiam que Jesus voltaria depois do Milênio
e que os fatos e sinais profetizados no Apocalipse e noutras passagens
bíblicas, já tinham se cumprido durante a história.
Era comum interpretar os 1260 dias descritos no Apocalipse como 1260
anos, ou os 2300 dias descritos em Daniel como 2300 anos. Então,
o pré-tribulacionismo surgiu nessa convergência histórica
e baseado nessa mentalidade.
A idéia de iminência (a volta de Jesus ocorreria a qualquer
momento, pois todos os sinais já tinham se cumprido durante a
história), foi unida à idéia de que os cristãos
cheios do Espírito Santo seriam tomados para Deus antes da manifestação
do anticristo, concepção divulgada a partir de uma revelação
recebida pela jovem Margaret MacDonalds, uma integrante dos irvingistas.
Essa revelação foi aceita pelo pastor Edward Irving como
uma mensagem divina e, logo após, ele buscou argumentá-la
com textos bíblicos no jornal "The Morning Watch", na
edição de junho de 1831. Anos depois, o modelo pré-tribulacionista
foi sistematizado por John Darby, unindo os fundamentos surgidos entre
os irvingistas com as premissas do dispensacionalismo.
Com o passar dos anos, principalmente depois das duas guerras
mundiais, a posição pós-milenista foi perdendo força,
diante do inegável fato histórico de que os poderes mundiais
caminham para a destruição e não para uma restauração
espiritual generalizada anterior à vinda do Senhor.
Atualmente, há poucos pós-milenistas, sendo que a maioria
dos cristãos é pré-milenista (crê que
o Milênio
ocorrerá como resultado direto da volta de Jesus
e não
antes) ou a-milenista (não crê que o Milênio é um
periodo literal).
Então, vemos que hoje a maior parte dos pré-tribulacionistas é pré-milenista,
apesar de muitos não saberem que uma das bases
originais do pré-tribulacionismo
foi o pós--milenismo.
Uma leitura que recomendamos àqueles que quiserem conhecer mais
sobre as verdadeiras origens históricas do pré-tribulacionismo
está na obra "The Life of Edward Irving", de autoria
de Mrs Olifant, publicada por Hurst e Blackett em 1865 na cidade de Londres,
Inglaterra.
Sinceramente, cremos que muitos servos do Altíssimo serão
protegidos durante a tribulação final. Não iremos
aprofundar-nos aqui sobre a veracidade da revelação recebida
pela jovem Margaret. Nós cremos nas manifestações
do Espírito do Criador.
Cremos que o Espírito age com quem Ele quer e da forma que Ele
quer. O que não pode haver, em hipótese alguma, é a
aceitação de uma revelação que se coloca
contra verdades bíblicas.
Tendemos a crer que é bem possível que a revelação
recebida por Margaret MacDonalds, caso realmente tenha sido algo oriundo
do Espírito Santo, estivesse apontando para uma proteção
especial que muitos terão durante o período tribulacional
(Apocalipse 3:10).
Porém, o que fica claro neste ponto é que a interpretação
que foi dada a respeito da revelação pelos líderes
dos irvingistas aponta para algo que foge à Verdade das Escrituras
e do que havia sido ensinado pelos apóstolos no primeiro século.
Em nosso estudo ESCATOLOGIA PRIMITIVA, explicamos
porque os irmãos
primitivos eram predominantemente pré-milenistas e futuristas
e totalmente pós-tribulacionistas. Quando estudamos detalhadamente
a história da Igreja primitiva, vemos que a mesma não aguardava
apenas o arrebatamento e sim o retorno de Cristo para instaurar o seu
reino. Nesse contexto, o pré-tribulacionismo é um ensinamento
novo no seio da Igreja.
É
uma novidade diferente do que foi pregado e ensinado pelos apóstolos
e crido pelos nossos primeiros irmãos. Por outro lado, uma análise
imparcial e sem visões pré-concebidas dos textos bíblicos
que tratam dos acontecimentos relacionados à volta do Senhor,
não permitem afirmar que o arrebatamento se dará num momento
diferente da segunda vinda.
Os defensores do arrebatamento pré-tribulação, argumentam
que a segunda vinda de Jesus está dividida em duas etapas:
a) A vinda do Senhor somente para arrebatar
a Igreja, de forma oculta ao mundo e anterior à tribulação
b) O retorno do Senhor em forma visível e em glória após
a tribulação.
Sinceramente, acreditamos que tal argumentação é uma distorção
da doutrina bíblica. Nenhum texto escatológico permite que se
chegue a tal conclusão. Pelo contrário, cremos que a Bíblia
apresenta claramente a promessa de duas vindas sem etapas intermediárias.
A primeira já cumprida há aproximadamente dois mil anos, e a
segunda ainda por se manifestar, como claramente expõe
o escritor aos hebreus (Hebreus 9:28).
A seguir, analisaremos algumas passagens
usadas como fundamento por aqueles
que acreditam no
arrebatamento como um evento
anterior à tribulação
que virá sobre a Terra.
GUARDADOS OU TIRADOS?
Em Apocalipse
3:10, na carta dirigida à igreja em Filadélfia
está escrito:
"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o
mundo, para tentar os que habitam na terra"
Muitos usam esse versículo para sustentar a tese do arrebatamento anterior à tribulação.
Porém, note que o verbo utilizado no texto é guardar e não
tirar.
Fica subentendido que, aqueles que pertencem à igreja fiel (Filadélfia),
serão protegidos pela mão do Altíssimo, que está no
controle de tudo. O verbo guardar aqui está relacionado à idéia
de livramento e proteção em meio à tribulação.
Não significa que a Igreja se encontrará nos ares com Cristo
com o objetivo de ficar fora da tribulação e sim que será "guardada" durante
a tribulação. Nesse contexto, é bom salientar que "Igreja" não
significa nenhuma denominação em particular, até porque
muitas denominações e concílios entregarão sua
soberania ao falso profeta e ao seu sistema ecumênico.
A verdadeira Igreja é formada pelos discípulos fiéis ao
Senhor, que não se dobrarão diante do sistema e que serão
guardados por Ele em meio à aflição. Como afirma o apóstolo
Pedro, "...Mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para
a salvação, já preste a se revelar no último tempo" (I
Pedro 1:5).
A frase "eu te guardarei da hora", origina-se de duas palavras gregas:
téreo e ek. Téreo tem o significado de "velar", "guardar", "preservar",
sendo sua tradução literal algo semelhante a "manter os
olhos sobre algo". Já a preposição ek significa basicamente "de".
Para que a interpretação pré-tribulacionista tivesse alguma
sustentação neste versículo, o escritor do Apocalipse
deveria ter usado uma outra preposição grega – apo – que expressa
a idéia de separação radical, "para fora de".
Para entender melhor o significado de "tereo" e sua utilização
em conjunto (tereo+ek), vejamos o que diz a oração de Jesus em
João 17:15: "Não peço que os tires do (ek) mundo,
mas que os livres (téreo) do (ek) mal".
Ao orar para que os discípulos fossem guardados do mal, Jesus não
estava dizendo que Satanás não poderia tentá-los ou que
eles seriam transladados para um local onde não pudessem ser tentados.
Simplesmente, o Mestre pede para que o Pai guarde os discípulos em segurança
e impeça que o inimigo tenha vitória sobre eles.
IRA TRIBULACIONAL OU IRA ETERNA?
Aqui está mais um argumento usado pelo modelo pré-tribulacionista:
o arrebatamento como forma de não sofrer a ira do Altíssimo.
Em I Tessalonicenses 5:9 diz:
"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição
da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Veja
também I Tessalonicenses 1:10)
Quando estudamos o conceito "ira", observamos que a ira do
Eterno tem se manifestado durante toda a história humana diante
do pecado e da desobediência do homem.
Obviamente, os salvos e justificados já não estão
debaixo dessa ira divina. Portanto, estamos livres da ira de Deus a partir
do momento do novo nascimento, o que já aconteceu e continua acontecendo
na vida de milhares de pessoas há centenas de anos.
Esse livramento acontecerá também com a Igreja no fim dos
tempos. Contudo, tal livramento não significa que há necessidade
de retirar do planeta quem não será alcançado pela
ira.
Não há nenhum precedente histórico nem ensinamento
bíblico que aponte para isso. Consequentemente, usar o texto supracitado
como sustentáculo da teoria do arrebatamento anterior à tribulação
com o objetivo de livrar a Igreja da ira divina, não nos parece
o mais apropriado.
É
preciso notar na passagem a antítese que Paulo faz entre "ira" e "salvação".
Se seguirmos a tortuosa dedução pré-tribulacionista
e associarmos o termo "salvação" a uma preservação
física dos filhos do Eterno, com o objetivo de que não
sejam atingidos fisicamente por eventos catastróficos, então
deveríamos excluir dessa "salvação" o
próprio Paulo, pois o mesmo sofreu catástrofes naturais,
torturas físicas e por último a morte física em
meio a uma perseguição maligna e a uma tribulação
impiedosa!
O dano máximo que um verdadeiro cristão pode chegar a sofrer
numa tribulação é a morte física, como aconteceu
com o próprio apóstolo Paulo. A salvação
independe totalmente dos danos físicos sofridos sob a perseguição
de um sistema de governo maligno ou de eventos catastróficos.
Por outro lado, sabemos que o Senhor é Poderoso para guardar e
preservar fisicamente aqueles que Ele quiser durante tais eventos, assim
como Ele é poderoso para ressuscitar e glorificar todos Seus discípulos
que morreram e morrerão, sem importar a forma como tenham falecido.
Ao usar a antítese entre salvação e ira, Paulo estava
referindo-se à condição espiritual dos seres humanos
diante do Pai, de acordo com as suas escolhas: salvação
eterna ou castigo eterno. Ele estava escrevendo sobre a salvação
no sentido mais abrangente da palavra, que é a salvação
eterna e sobre a ira divina no sentido mais amplo, que é o castigo
eterno.
Paulo deixa claríssimo esse entedimento ao escrever novamente
aos irmãos em Tessalônica. Em sua segunda carta a eles,
o apóstolo ensina que o castigo que o Senhor trará sobre
os atribuladores é a perdição eterna (II Tessalonicenses
1:9).
Referente à ira vindoura descrita em I Tessalonicenses 1:10, entendemos
essa ira como o clímax da ira divina no qual ocorrerá a
destruição total dos exércitos do anticristo no
Armagedom. Será o momento em que o Senhor Jesus exercerá pessoalmente
esse juízo. Vejamos:
"Seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos
de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma aguda espada,
para ferir com ela as nações; ele as regerá com
vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor
da ira do Deus Todo-Poderoso" (Apocalipse 19:15)
Nós seremos livres desse desfecho, pois, nos momentos imediatamente
anteriores ao evento narrado na passagem acima, ocorrerá a ressurreição
dos justos e a transformação dos vivos fiéis, os
quais receberão corpos glorificados e se encontrarão com
o Senhor nos ares.
Todos esses, como vimos anteriormente, serão eventos diretamente
ligados à segunda vinda de Jesus em glória para derrotar
os exércitos do anticristo, livrar a nação de Israel
de uma destruição iminente e instaurar o Milênio.
A ira do Altíssimo, enquanto desfecho profético, está intimamente
relacionada ao Dia do Senhor, o qual ocorrerá logo após
a grande tribulação (veja Apocalipse 6:12-17, Apocalipse
11:15-19) Para mais informacões sobre o tema acesse o estudo A
IRA THUMIS E A IRA ORGE.
DIA DO SENHOR INESPERADO?
Em I Tessalonicenses
5:2-3 está escrito:
"Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como
o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e
segurança! Então lhes sobrevirá repentina destruição,
como as dores de parto àquela que está grávida;
e de modo nenhum escaparão"
Esta passagem é utilizada pelos defensores do arrebatamento anterior à tribulação,
tomando como base o caráter repentino desse acontecimento mostrado
por Paulo nestes versículos, para explicar a existência
de um arrebatamento oculto e anterior à tribulação.
Porém, temos que observar alguns tópicos importantes para
entender melhor que foi escrito pelo apóstolo dos gentios.
a) Alguns podem argumentar que o cenário apresentado por Paulo,
de "paz" e "segurança", não condiz
com a realidade caótica denominada tribulação, colocando
o arrebatamento (Dia do Senhor) como um evento pré-tribulacional.
Entretanto, o apóstolo não diz que haverá paz e
segurança, e sim "...quando disserem...". Quando estudamos
a figura e atuação do anticristo, descobrimos que ele terá um
grande poder de convencimento e manipulação através
da fala, e, sem dúvidas, essa promessa de paz e segurança
virá dele.
Com esse discurso, ele seduzirá a muitos durante a tribulação
até o momento final em que reunirá todos os exércitos
da Terra contra Israel. Acreditamos que ele usará como argumento
para convencer todas as nações a marcharem contra Israel,
a paz e a segurança mundial, afirmando que a nação
israelense seria o único obstáculo para que isso finalmente
acontecesse no mundo.
b) Note que o apóstolo começa a sua narrativa explicando
o que acontecerá no Dia
do Senhor. Quando estudamos mais detalhadamente
o que é considerado na Bíblia como "Dia
do Senhor",
vemos que ele está sempre relacionado com a segunda
vinda de Jesus em glória, quando Ele retornará para
livrar o seu povo, derrotar os exércitos do anticristo
no Armagedom e instaurar o seu reino de justiça. Isso
fica claro em passagens como Joel 2: 31-32:
"O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha
o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte
Sião e em Jerusalém haverá livramento,
assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes,
aqueles que o Senhor chamar"
Outras passagens que relacionam diretamente o Dia do
Senhor à sua
vinda em poder e glória como Rei e Juiz, estão em Isaias
13:6, Joel 1:15, II Pedro 3:10, Isaias 13:9, Joel 2:28-32, Zacarias 14:1-2
e Joel 2:1-11. Para uma melhor compreensão do que é o Dia
do Senhor, você poderá acessar o nosso artigo O
DIA DO SENHOR.
c) A incoerência mais marcante do raciocínio pré-tribulacionista
ligado a essa passagem está relacionada à gritante
deturpação
do sentido que Paulo quer ensinar aos irmãos
em Tessalônica.
O argumento pré-tribulacionista diz assim: "Ora, se o Dia
do Senhor virá como um ladrão na noite, então o
rapto só pode ser secreto e antes da tribulação,
pois se fosse logo após a grande tribulação todos
ficariam sabendo e já não seria inesperado como a chegada
de um ladrão na noite...".
O argumento acima é, sob a ótica humana, plausível.
Porém, à luz do que é ensinado no próprio
contexto por Paulo e no que é revelado no Apocalipse, tal argumento
e totalmente antibíblico. Se formos um versículo mais adiante
da passagem inicial (I Tessalonicenses 5:2-3), veremos Paulo ensinando
que para nós, discípulos do Senhor, o Dia Dele não
nos surpreenderá como a chegada de um ladrão à noite,
porque já não estamos
mais em trevas!
Logo, o Dia do Senhor surpreenderá que está em trevas.
O Dia do Senhor não surpreenderá a Igreja. O Senhor não
virá como um ladrão para a Igreja e sim para aqueles que
estiverem em trevas.
É
isso que Paulo ensina. Por outro lado, a revelação apocalíptica
deixa claro que, mesmo em meio à grande tribulação
e até mesmo nos momentos finais dela, os ímpios não
atentarão para a proximidade da vinda do Senhor, fazendo com que
todo argumento pré-tribulacionista referente à necessidade
de que os eventos ocorram antes da tribulação para "surpreender" as
pessoas, caia por terra.
É
só ler Apocalipse 9:20-21 e Apocalipse 16:10-11. Os homens só se
lamentarão e chorarão amargamente diante de sua condenação
iminente quando virem ocorrer os sinais cósmicos que antecedem
a gloriosa vinda de Jesus (Mateus 24:30, Apocalipse 1:7, Apocalipse 6:12-17).
O
TERMO "APOSTASIA" DESCREVE
O ARREBATAMENTO?
O termo "apostasia" em II Tessalonicenses 2:3 é interpretado
por alguns como "retirada", apontando para uma saída
da Igreja antes da manifestação do anticristo. Porém,
nesse contexto temos que destacar alguns pontos que se opõem frontalmente
a essa ideia.
Em primeiro lugar destacamos um princípio que é fundamental.
A submissão de Paulo aos ensinamentos do Senhor Jesus. O Mestre
profetizou que antes de Sua gloriosa volta haveria esfriamento do amor ágape
por parte de muitos (Mateus 24:12).
Logo depois, Ele revela que haverá a abominação
desoladora no lugar santo. Paulo, na passagem aos tessalonicenses, coloca
a apostasia e a manifestação do anticristo como sinais
que antecedem a vinda do Senhor e o nosso encontro com Ele nos ares,
para ensinar que tais sinais deveriam ocorrer antes do regresso do Senhor.
Então, não há razões para não crer
que Paulo estava citando aos tessalonicenses os mesmo sinais que já haviam
sido profetizados pelo Mestre! Em segundo lugar, devemos considerar a
coerência de Paulo no ensino ministrado durante todo o seu ministério.
A segunda carta aos tessalonicenses foi uma das primeiras escritas
pelo apóstolo. Porém, pouco antes de ser martirizado, ele escreve
a Timóteo e ensina que no final dos tempos muitos apostatariam
da fé (I Timóteo 4:1), voltando a lembrar o ensino original
do Senhor.
Por outro lado, caso Paulo estivesse se referindo ao um rapto
secreto ao escrever a palavra "apostasia", por que esse importante
ensino não foi levado adiante pelas gerações seguintes?
Analisando os textos referentes à Igreja nos primeiros séculos
não há qualquer referência a um rapto secreto antes
da tribulação ou antes da manifestação do
anticristo. Os irmãos dos primeiros séculos não
tinham qualquer crença nesse sentido. Eles criam na vinda do Senhor
tal qual ela foi descrita em Mateus 24:29-31. Por último, citamos
o contexto.
Faz parte de qualquer regra elementar de interpretação
das Escrituras a consideração do contexto. Se formos ao
começo do texto em questão, veremos que o apóstolo
Paulo ensina aos irmãos que estariam atribulados na ocasião
da vinda do Senhor, que Ele viria como labareda de fogo e com os anjos
do seu poder, para trazer-lhes alívio ou descanso.
Ou seja, o contexto apontado por Paulo é o da vinda do Senhor
para aliviar a Igreja atribulada e não para evitar que a Igreja
ingressasse na tribulação.
A
IGREJA OU O ESPÍRITO SANTO DETÊM A REVELAÇÃO
DA BESTA?
Outro texto
bastante usado pelos defensores do arrebatamento pré-tribulacional
está escrito em II Tessalonicenses 2:7:
"Porque já o mistério da injustiça opera; somente
há um que agora resiste até que do meio seja tirado"
Muitos usam esse texto para argumentar que aquilo que detém a
manifestação e revelação do anticristo e
seu sistema, é a Igreja. Outros sustentam que se trata do próprio
Espírito Santo ou até mesmo os dois (Espírito Santo
e Igreja).
Acontecendo o arrebatamento da Igreja, o Espírito Santo deixaria
a Terra à mercê do poder do anticristo para que ele se manifeste
plenamente. Vejamos, porém, alguns tópicos:
a) É visível na Bíblia a atuação do
Espírito Santo mesmo em plena grande tribulação.
Senão, como exerceriam o seu ministério as duas testemunhas
descritas em Apocalipse 11:1-14?
Elas profetizarão por mil duzentos e sessenta dias e serão
mortas pelo anticristo, porém reviverão após três
dias e meio de forma sobrenatural. O texto contido em Daniel 7:21, deixa
transparecer que muitos santos serão martirizados na mesma ocasião
da morte das duas testemunhas.
Agora reflita um pouco: Para quem profetizariam essas testemunhas,
se não
existissem pessoas sedentas de ouvir seu testemunho? Como ouviriam e seriam
convencidas se o Espírito Santo, que convence de todo pecado e testifica
aos nossos corações, não estivesse agindo na Terra durante
o ministério das duas testemunhas? Com que poder elas ressuscitariam,
se não fosse o poder divino?
É
importante saber que, mesmo durante a grande tribulação,
o Todo Poderoso Criador estará no controle do Universo e da
Terra...
b) A revelação do Apocalipse deixa claro que um número
considerável de pessoas não se dobrará diante do anticristo
e se negará a receber a marca da besta, guardando sua fé até o
fim (Apocalipse 7:9-17).
Essas pessoas fazem parte do corpo de Cristo que é a Igreja, a menos
que se queira dividir o Corpo em segmentos, o que se opõe a toda revelação
bíblica. A
seguir, abordaremos mais detalhadamente essa passagem escrita
por Paulo aos tessalonicenses em sua segunda carta, pois
cremos que ela
encerra
revelações
cruciais.
Durante séculos a identidade de "quem" e "o quê" detém
a revelação do anticristo, tem provocado o surgimento de muitas
opiniões, o que é compreensível, pois Paulo não
revela sua identidade.
Daremos nossa posição a respeito, salientando que é apenas
aquilo que entendemos sobre o tema, o qual não comporta posições
dogmáticas:
1. Há uma dualidade de referências ao que impede a revelação
do anticristo. No versículo 6, é usado o termo "o que o
detém". Já no versículo 7 é usado um pronome
pessoal: "somente há um que agora resiste até que do meio
seja tirado".
Isso descartaria apenas um objeto/ação/instituição
ou apenas uma pessoa. Conseqüentemente cremos tratar-se de uma pessoa
e ao mesmo tempo uma estrutura ligada a essa pessoa.
2. O apóstolo Paulo relaciona a revelação do anticristo
ao fato dele assentar-se no Templo do Pai. O apóstolo segue a mesma
linha seqüencial usada por Jesus no sermão profético (Mateus
24:13-15).
O assentar-se no Templo do Altíssimo está relacionado à abominação
da desolação, que ocorrerá num dia e num local específico
(não acreditamos que a abominação desoladora possa ser
alegorizada, já que a compreensão dos interlocutores de Jesus
e de Paulo estava voltada a um evento literal profetizado por Daniel, cronologicamente
situado no cenário profético).
Portanto, se o encontro de Jesus e da Igreja
se dará após a apostasia
e a revelação do anticristo (abominação da desolação),
logicamente, a Igreja não parece ser o que impede essa revelação
(II Tessalonicenses 2:1-3).
3. No cenário apocalíptico, vemos uma Igreja que guarda os mandamentos
do Pai e mantém o testemunho de Jesus, e vemos cristãos martirizados
pelo governo do anticristo por seu testemunho (Apocalipse 12:17, 6:11, 20:4).
Isso mostra a presença do Espírito Santo em meio à Igreja,
mesmo após a revelação do anticristo, até porque
o Espírito Santo foi enviado para consolar e guiar a Igreja e não
para controlar os poderes do mundo. Conseqüentemente isso descartaria
uma possível "remoção" do Espírito Santo
da Terra para que o anticristo possa se manifestar.
4. Paulo revela que o mistério da iniqüidade já estava atuante
no século primeiro (versículo 7). A partir do momento que Paulo
fala no presente e projeta o clímax desse mistério no futuro,
logicamente "aquilo/quem" impede esse clímax tem estado vivo
e atuante nesses últimos 2000 anos, impedindo essa manifestação
plena do mal.
Isso descartaria a hipótese do Império Romano, que ruiu há muito
tempo. Note que Paulo fala de resistência ao mistério em si e
não propriamente à revelação do anticristo. Essa
revelação será uma conseqüência física
de causas espirituais.
5. Quem resiste precisa ter uma autoridade
ou força maior ou pelo menos
semelhante à força que está sendo resistida. Afinal de
contas, estamos falando de 2000 anos de resistência...
6. O termo grego usado para "resiste", indica um ato contínuo
de resistir, um confronto direto ou combate entre duas forças e não
a mera "presença" de duas forças antagônicas.
Devido a essas razões e respeitando todas as outras, já que estamos
abordando um tema não revelado diretamente na Palavra, cremos que "quem" e "o
que" resiste o clímax do mistério da iniqüidade e sua
concretização num evento específico, num local específico
e num dia específico (abominação da desolação), é o
arcanjo Miguel e suas hostes.
No livro de Daniel, fica a
clara conotação que o arcanjo Miguel,
um dos primeiros príncipes, cumpre funções de resistência
espiritual. Isso fica exposto em passagens como Daniel 10:12-13, Daniel 10:20-21
e Daniel 12:1. O
mesmo arcanjo cumpre missões de combate espiritual, como fica registrado
em Apocalipse 12:7, numa passagem notavelmente relacionada ao princípio
da grande tribulação.
Baseados nestes princípios e revelações escatológicas,
nós acreditamos que o arrebatamento e subseqüente encontro da Igreja
com o seu Senhor e Salvador, terá lugar no momento em que no céu
aparecer o sinal de Cristo, ou seja, no momento de sua segunda vinda. Essa
segunda vinda será um evento único e acontecerá logo após
a grande tribulação.
Você está preparado para essa vinda? Você está preparado
para não se prostrar diante da imagem da beste nem receber seu número,
mesmo que isso traga seu martírio? Não resta muito tempo para
pensar nas respostas... Em
Cristo,
Jesiel Rodrigues / Johnerikson Santana |